Manifestantes fazem ato para cobrar respostas por queda de ciclovia no Rio




Cerca de 30 pessoas realizavam um ato, na manhã deste domingo (22), para cobrar esclarecimentos do acidente da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado. O grupo, que se concentrava no  Mirante do Leblon, por volta das 11h, pede respostas sobre o desabamento de cerca de 20 metros da ciclovia no dia 21 de abril. O acidente deixou duas pessoas mortas três meses após a inauguração da obra.

Os organizadores pediram aos manifestantes se vestissem de preto para mostrar que "segurança, respeito, dignidade e vidas não podem mais ir por água abaixo”, dizia a página em uma rede social que mobilizou o grupo. A página também destacou que é preciso transparência e que a população precisa saber de tudo que está acontecendo. “Queremos cobrar, queremos saber tudo o que está acontecendo, acompanhar e ouvir. É nosso dever e nosso direito como cidadãos”.

"A gente quer cobrar respostas da prefeitura. Eu liguei pra prefeitura na terça-feira, mas não consegui falar com ninguém, aí deixei meu contato e na quinta-feira o prefeito me ligou. Eu liguei pra convidá-lo pra vir aqui, pra dar esclarecimentos, mas ele disse que não daria tempo dele ter as explicações e me convidou para ir ao gabinete dele na semana que vem", disse Claudia Medeiros, umas das organizadoras do ato.

Ainda de acordo com Claudia, o ato tem como objetivo cobrar respostas e pedir uma proximidade com a prefeitura. "A gente não tem um canal com a prefeitura. A gente não sabe o que está acontecendo, quem é o responsável. A gente espera que a gente tenha um canal mais direto com a prefeitura pra elucidar nossas dúvidas", explicou Claudia.



Manifestantes fazem atp para cobrar respostas sobre queda de ciclovia (Foto: Fernanda Rouvenat )


De acordo com o depoimento de um dos engenheiros da Geo-Rio que fez parte da comissão de fiscalização da ciclovia Tim Maia, o tabuleiro acidentado estava apenas apoiado e não preso na pista. Fabio Soares de Lima disse, em depoimento, que durante a construção teve a oportunidade de verificar que o trecho que desabou estava apenas apoiado e não preso; mas que ele não viu irregularidades nisso, uma vez que esta solução estava de acordo com o projeto executivo.

Logo após o acidente, o geólogo Élcio Romão Ribeiro disse que os estudos prévios sobre o comportamento das marés não faziam parte das atribuições da Geo-Rio. ''Que com relação aos estudos prévios sobre o comportamento das marés incidentes no local, o declarante diz que não faz parte das atribuições de fiscalização da comissão da Geo-Rio”, diz trecho do depoimento.

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