VLT é testado durante o dia, e campanha alerta pedestres
Placas instaladas ao longo do trajeto do VLT ajudam a chamar a atenção do pedestre - Mácia Foletto / Agência O Globo
RIO - Quem circula a pé pelo Centro do Rio deve redobrar a atenção. Nesta segunda-feira, os testes com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começaram a ser feitos durante o dia, em diferentes horários. Até a semana passada, os ajustes no sistema eram realizados apenas à noite e nos fins de semana. Para que a população se acostume com a movimentação e não corra riscos ao atravessar sobre os trilhos, a Secretaria municipal de Transportes lançou ontem a campanha “Olho no VLT”, para estimular novos hábitos e preparar o pedestre para a nova rotina.
Vinte e cinco painéis instalados ao longo dos 28 quilômetros do traçado do VLT exibem mensagens de alerta. Foram priorizadas áreas de grande circulação de pessoas, como o entorno da Rodoviária Novo Rio, a Avenida Rio Branco e a Praça Mauá.
ABORDAGEM BEM-HUMORADA NAS RUAS
Pedestres mais distraídos estão sendo abordados de forma bem-humorada por atores, que avisam sobre o perigo na rua. Além disso, há distribuição de 150 mil folhetos com informações sobre a operação. Para os motoristas, o aplicativo de trânsito Waze emitirá um alerta quando o veículo chegar perto dos trilhos.
— Estamos focando em ações educativas. As pessoas têm o hábito de caminhar distraídas, mexendo no celular. O VLT é absolutamente silencioso e o pedestre precisa estar atento para evitar acidentes — disse o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.
Em meados de abril, o VLT começa a circular entre a Rodoviária e o Aeroporto Santos Dumont. O segundo trecho, da Central à Praça Quinze, entrará em operação no segundo semestre. Uma turma de 28 condutores já está em fase de treinamento. Eles usam um simulador de situações que podem ocorrem ao longo do percurso, como falha na sinalização e pedestres nos trilhos.
Um comando posicionado estrategicamente no câmbio do VLT pode ajudar a evitar acidentes graves. Durante a circulação, o condutor deverá manter o dedo no chamado “botão do homem morto”. Caso o dispositivo não seja acionado por dez segundos, o trem interrompe a circulação. A ferramenta é eficiente para um caso de mal súbito do condutor.
Da cabine, o guia tem a visão da lateral externa da composição. Ele deve ficar atento, porque as portas serão abertas pelo próprio passageiro.
— Nós destravamos as portas, mas elas são abertas pelo usuário. Para agilizar o fluxo, o condutor pode abrir e fechar todas elas automaticamente — explicou o coordenador do curso para condutores de VLT, Rodrigo Feitoza.
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