Frequentes na década de 1960, estruturas metálicas voltam ao design

A poltrona Atina Onix (tecido E) custa R$ 5.120 na Sierra do CasaShopping - Fabio Rossi



RIO — A estrutura tubular, típica dos anos 1960 e muito usada na cor preta, está de volta aos ambientes. Associados até hoje às carteiras escolares, os cilindros metálicos vêm ressurgindo com força e glamour no mobiliário brasileiro de design assinado. De olho nas principais tendências, lojas especializadas oferecem diferentes opções de móveis com a pegada nostálgica. Criação do Em2 Design, dos designers paulistas Mariana Betting e Roberto Hercowitz, o banco “Ratoeira”, disponível na Novo Ambiente do CasaShopping, é um exemplar da moda vintage. Em 2015, a peça — literalmente inspirada em uma ratoeira, com direito a sistema de alavanca nos pés — foi a ganhadora na categoria Mobiliário, do Prêmio Design, do Museu da Casa Brasileira (SP), considerado um dos principais do país, e segue o atual movimento do mercado de móveis.

— Há dez anos, havíamos observado a volta de produtos na linha vintage e retrô, mas as estruturas tubulares ainda não tinham entrado. Agora, elas retornaram com força total — observa Mariana, uma das criadoras do “Ratoeira”, cujas bordas de madeira arredondadas conferem um visual leve e sofisticado, num contraponto ao estilo industrial dos pés (feitos de metal).

O uso do material vem sendo aplicado de forma ampla por grandes marcas do setor. O tubo, além do mobiliário, pode ser encontrado em outros meios da construção, como nos metais para banheiro e em luminárias. O arquiteto Sergio Novaes — responsável, ao lado do designer de interior Luís Cláudio Ceia, por um dos ambientes montados na loja Sierra, do CasaShopping — é um dos que apostam no retorno do tubo. Para ele, o diferencial das estruturas de hoje é o uso das cores.





Peça premiada, o banco “Ratoeira”, feito em madeira jequitibá, pode ser encontrado por R$ 3.026 na Novo Ambiente - Divulgação



— Antes o preto era a cor principal desses tubos. Atualmente estamos trabalhando com cores na parte metálica, a exemplo do dourado (gold) e do vermelho rosé (red bold). Até mesmo para quem quer a cor escura temos o ônix, que é o preto sem ser exclusivamente chapado, com uma pintura diferente, que proporciona o brilho ao refletir o metal — explica Novaes.

Vida longa ao já experiente tubo metálico.