MP apoia audiência sobre linhas de ônibus extintas na Praça Seca
Alexandre Fiani, presidente da associação de moradores - Guilherme Leporace
RIO — Desde que a reformulação do sistema de ônibus chegou a Jacarepaguá, moradores da Praça Seca lutam para amenizar o impacto no bairro. Abaixo-assinados foram feitos e houve uma assembleia sobre o tema, em março. Uma audiência pública foi pedida com a Secretaria municipal de Transportes (SMTR). Se o poder público não deu retorno até hoje, ao menos a Associação de Moradores da Praça Seca teve uma boa notícia recentemente, com o Ministério Público reforçando o pleito popular.
No fim de julho, depois de um encontro com o presidente da associação, Alexandre Fiani, o promotor Luiz Alexandre Siqueira, da 3ª Promotoria de Defesa do Consumidor, enviou ofício à SMTR solicitando audiência pública. O objetivo é que a prefeitura esclareça a situação do sistema de ônibus na região e que ouça as insatisfações dos moradores.
Cerca de 25 linhas foram extintas em Jacarepaguá, principalmente aquelas para o Centro e a Zona Sul. O problema, segundo Fiani, é que a projeção da prefeitura sobre o fluxo de passageiros do BRT era menor do que a realidade.
— Não esperavam demanda tão grande. O fluxo de passageiros ultrapassou em larga escala o previsto. Como se basearam nisso para retirar as linhas? Os ônibus só deveriam ser retirados à medida que o BRT conseguisse absorver a demanda — queixa-se Fiani, que no início se entusiasmou com o BRT, mas hoje é um crítico do serviço. — Quando começou era ótimo. Mas atualmente não há conforto. Os veículos estão sempre lotados.
A SMTR disse que está analisando o ofício do MP.
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