Santander integra práticas socioambientais a crédito
Santander: "Uma fábrica que adota rígidos padrões de descarte de resíduos está menos sujeitas a passivos ambientais"
São Paulo - O Santander Brasil anunciou nesta quarta-feira que vai integrar boas práticas socioambientais ao cálculo decrédito de clientes de grande porte e a outros 14 setores econômicos, que poderão ter condições de créditos alteradas se aderirem a ações sustentáveis.
O novo modelo de avaliação socioambiental vinha sendo testado desde 2011 e envolveu mais de dez mil empresas, e o banco espanhol foi o primeiro a adotar esse tipo de parâmetro para análise de risco e concessão de crédito a velhos e novos clientes.
"Uma fábrica que adota rígidos padrões de descarte de resíduos está menos sujeitas a passivos ambientais e tem maior capacidade de adaptação a novas normas e exigências legais. Este é um cliente ao qual podemos oferecer melhores condições de crédito", afirmou em nota o vice-presidente executivo de Corporate Banking do Santander, João Consiglio.
De acordo com Consiglio, a ideia é estimular as empresas a ampliar ações de sustentabilidade e, assim, a avaliação de risco socioambiental passar a impactar uma das dimensões da análise de crédito das empresas do segmento Corporate, afetando variáveis como taxas, limites, prazos e exigências de garantias nos empréstimos.
Com a análise socioambiental, o banco previne financiar atividades que desrespeitam legislações ou podem prejudicar a saúde pública e o meio ambiente.
Desde 2002, os clientes dos 14 setores considerados de maior sensibilidade socioambiental já vem sendo avaliados com base em um questionário acerca das práticas de socioambientais das empresas.
As respostas são analisadas pelos especialistas da área de Risco Socioambiental, e verificadas em fontes internas e externas às empresas. Os clientes são acompanhados continuamente e a avaliação é renovada a cada ano.
Com a metodologia, mais de mil empresas com faturamento anual superior a R$ 200 milhões e com limites de crédito superiores a R$ 1 milhão poderão ter as condições de crédito alteradas.
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