Trilhas imperiais conquistam os atletas olímpicos do mountain bike


Celsinho de Melo lidera a fila de praticantes na pista feita por ele no bairro de Secretário - Fernando Lemos





PETRÓPOLIS — Pergunte a qualquer praticante de ciclismo mountain bike: Qual é a meca do esporte no Brasil? A resposta será: Petrópolis. Não é à toa que o brasileiro mais bem colocado na Olimpíada, Henrique Avancini, que ficou em 23º lugar, é natural da cidade e treina nas diversas trilhas espalhadas pelas montanhas petropolitanas.

O município é também terra de uma das maiores promessas da modalidade, Celsinho de Melo, de 20 anos. Além de competir ao redor do globo na categoria sub-23, o garoto já foi, diversas vezes, companheiro de treino dos melhores atletas do mundo, como o campeão olímpico, o suíço Nino Schurter.

— As grandes delegações olímpicas escolheram a cidade para se aclimatar antes dos Jogos do Rio. Porque aqui estão as melhores trilhas. Vieram Suíça e França, as mais fortes, e também Itália, Holanda e Espanha. A maioria dos atletas ficou hospedada na região do Vale do Cuiabá — conta Celsinho.

Ele recebeu os competidores na pista que criou, ao lado de Avancini e outros atletas, em Secretário:

— Apesar das muitas trilhas, sentíamos falta de um local nos padrões de dificuldade da Olimpíada. Desbravamos a mata do zero. A delegação suíça veio no final de 2014, para ver se Petrópolis era o lugar ideal para treinar. Depois, vieram os outros. Além do Nino, já andaram por aqui Florian Vogel e Fabian Giger, também suíços; Marco Fontana, que é italiano, e outros.

Segundo o atleta, a cidade oferece tanto trilhas e caminhos para os profissionais quanto para os iniciantes:

— Aos iniciantes sugerimos que o ideal é procurar Secretário, local mais plano. É estradão, a paisagem é bonita, não chove. Um lugar perfeito para pegar gosto. E para os mais experientes, temos, por exemplo, o Pinheirinho, no Vale da Lua, onde dá para ficar andando mais de uma hora sem repetir um trilha — acrescenta o atleta.

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