Ciclistas denunciam furtos em bicicletário próximo à estação Jardim Oceânico


As bicicletas presas nos bicicletários em frente à estação de metrô do Jardim Oceânico: roubos são frequentes - Hermes de Paula





RIO - A inauguração do metrô significou um alívio para moradores da Barra. A estação Jardim Oceânico, porém, não é tão próxima de muitas das residências da região, e por isso parte dos usuários optou por utilizar a bicicleta como complemento ao transporte. A ideia seria bem-sucedida não fossem problemas como a violência e a insegurança típicas da cidade. Nos últimos meses, os relatos de furtos de veículos estacionados nos bicicletários em frente ao metrô desencorajaram ciclistas e passageiros.

Daniela Felix, de 42 anos, moradora do Jardim Oceânico, costuma realizar pequenas tarefas rotineiras com sua bicicleta, tais como ir ao mercado ou ao banco. Assim que a Linha 4 foi inaugurada, ela não pensou duas vezes: a opção da magrela para fazer o trajeto até a estação, de onde iria para Ipanema, onde trabalha, era perfeita. Mas a missão foi abortada. No primeiro dia de funcionamento pleno do metrô após a Olimpíada, a bicicleta de Daniela foi furtada.

— Eu a prendi no bicicletário e fui trabalhar. Quando voltei, às 17h, ela não estava mais lá. Tentei falar com os seguranças, mas ninguém foi prestativo. Foi a primeira e última vez. Já comprei outra bicicleta, mas não a deixo mais no metrô — lamenta.

Após o roubo, Daniela diz que começou a ouvir relatos parecidos. Outros trechos com bicicletários furtados, diz Daniela, ficam no Hortifruti da Rodolfo de Amoedo, no Supermercado Mundial da Erico Verissimo e na praia.

— Eu comprei duas trancas novas mais resistentes, mas o rapaz na oficina disse que a qualidade da tranca não muda muito, porque os criminosos serram a própria estrutura do bicicletário — explica.

Tatiana Stallone também teve a ideia de ir com sua bicicleta até a estação do Jardim Oceânico. Como ela mora na Barrinha, a distância para uma caminhada é considerável, e pedalar seria uma boa pedida.

— Eu havia ganhado uma bicicleta nova de aniversário em julho e comecei a usá-la direto. Deixava-a presa no bicicletário em frente ao metrô e ia trabalhar. Um dia, porém, quando voltei, ela não estava mais lá. Eu ainda perguntei para os baleiros que estavam próximos, mas ninguém viu nada. Dentro do metrô me responderam que eles não poderiam se responsabilizar porque a ocorrência foi na rua — explica Tatiana, que agora quer comprar uma bicicleta usada. — É melhor andar com uma menos chamativa, para correr menos risco de roubo ou furto.

Em outubro, último mês com dados atualizados no Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 14 furtos de bicicleta na 16ª DP, o número mais alto da cidade, além de dois roubos. Procurado, o comandante do 31º BPM, Sérgio Schalioni, disse que intensificou o policiamento no local após as ocorrências.

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