Interdição a carros em Copacabana começará uma hora mais tarde


Montagem do palco para o Réveillon em Copacabana. - Hermes de Paula





RIO - Com a expectativa de um público de 2 milhões de pessoas, as interdições para o réveillon de Copacabana começam às 7h do dia 31. A principal mudança nesta virada é que o fechamento total do bairro a veículos de passeio acontecerá às 19h, e não mais às 18h, como em anos anteriores. O esquema foi detalhado nesta terça-feira, numa coletiva de órgãos da prefeitura e do estado. Pelo planejamento, ônibus de linhas regulares e táxis poderão circular por Copacabana só até as 22h, quando o trânsito será totalmente bloqueado. A previsão é de que a reabertura das ruas comece às 5h do dia 1º de janeiro.

A primeira via interditada será a pista junto à orla da Avenida Atlântica, do Posto 6 ao Leme, às 7h do dia 31. A partir desse horário, a pista junto aos prédios passará a funcionar na reversível. Às 15h, toda a Avenida Atlântica será fechada. Até que, às 19h, as demais vias do bairro serão interditadas. As restrições valerão inclusive para moradores e veículos de aplicativos como o Uber.

A festa afetará também o trânsito em bairros vizinhos. Às 19h, a pista junto à praia das avenidas Delfim Moreira, no Leblon, e Vieira Souto, em Ipanema, terão o tráfego interrompido, enquanto as pistas perto dos prédios terão sentido Copacabana. Às 20h, fecharão o Aterro do Flamengo e a Enseada de Botafogo. A partir das 22h, a Vieira Souto será totalmente bloqueada, no trecho entre o Jardim de Allah e a Rua Teixeira de Melo.

- É muito importante que as pessoas não se dirijam à região de carro. Além das interdições, já no dia 30, a partir das 6h, começam as proibições de estacionamento em ruas desses bairros - afirmou o secretário municipal de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello.

A preferência, afirmou ele, deve ser o transporte público. O metrô funcionará em esquema especial de réveillon, com venda antecipada de bilhetes para utilização em horários predeterminados (à venda nas estações Pavuna, Carioca, Central, Glória, Uruguai e Jardim Oceânico). Já os ônibus circularão normalmente por Copacabana até as 22h. Após o evento, o público terá que se dirigir a pé para áreas de embarque na Enseada de Botafogo e na Rua Prudente de Morais e Avenida Vieira Souto, em Ipanema.

Em Botafogo, acontecerá o embarque para o Centro e bairros da Zona Norte. Na Vieira Souto ficarão as linhas de ônibus convencionais para Barra, Recreio e o restante da Zona Oeste. Já na Prudente de Morais ocorrerá o embarque de linhas especiais, de frescões. Ônibus de turismo terão que parar no Teleporto, no Centro da cidade, com proibição de estacionamento em bairros como Botafogo e Urca.

Toda essa operação de trânsito contará com 905 agentes da prefeitura, entre guardas municipais e controladores da CET-Rio, 77 viaturas e 60 motocicletas, além do monitoramento no Centro de Operações Rio (COR).

Para o atendimento do público, serão montados ainda quatros postos médicos da Secretaria municipal de Saúde ao longo da orla (na altura da Praça do Lido e das ruas República do Peru, Santa Clara e Xavier da Silveira). Já a Guarda Municipal distribuirá pulseiras coloridas, em tendas espalhadas pela orla, para que responsáveis por crianças que forem à festa possam identificá-las com nome e telefone de contato. Só ano passado, 876 crianças e adolescentes se perderam dos pais no réveillon.

Já a Polícia Civil reforçará seu efetivo. A 12ª DP (Copacabana), a 13ª DP (Posto 6) e a 14ª DP (Leblon) funcionarão como centrais de flagrantes. A esquema da Polícia Militar será divulgado nos próximos dias.

865 MIL TURISTAS

Ao todo, afirmou Antonio Pedro, são esperados 865 mil turistas no Rio para as festas de fim de ano, movimentando US$ 691 milhões na economia da cidade. Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ), por enquanto a ocupação dos hotéis da cidade chega a 78%. Em Copacabana e Leme, está em torno de 86%; no Leblon e Ipanema, de 83%, e, na Barra, de 79%.

Apesar de não chegar perto da ocupação completa, o secretário de turismo afirma que é preciso levar em consideração que o número de quartos no Rio cresceu 30% em relação ano passado e dobrou desde 2009.

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