Recém-inaugurado no Estácio e no Rio Comprido, programa Bairro Maravilha apresenta problemas
Flagrante. Poça na esquina da Sampaio Ferraz com a Haddock Lobo - foto do leitor
RIO — Foram quase dois anos de obras do Bairro Maravilha no Estácio e no Rio Comprido, que acarretaram em interdições no trânsito e engarrafamentos, além de outros transtornos, que afetaram o comércio, o lazer e as residências locais. Entregues em setembro, diversas vias receberam melhorias em calçadas e sarjetas, nivelamento dos meios-fios e escoamento das redes de águas pluviais. No entanto, a urbanização por completo dos bairros ficou apenas nas promessas.
O escoamento de água das chuvas não tem ocorrido de forma adequada, segundo denúncia de moradores. Além disso, várias calçadas já apresentam rachaduras ou estão quebradas. Bastam poucos minutos de forte temporal para algumas poças se formarem.
Moradores flagraram um dos episódios de chuva forte recentes e enviaram fotografias das cenas de enchentes nas esquinas da ruas Zamenhoff e Sampaio Ferraz com Haddock Lobo, e também da Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido.
— Por meses as ruas do bairro passaram por obras e a prefeitura disse que os problemas de alagamentos iriam acabar. Mas o Bairro Maravilha virou “Bairro Porcaria”, já que qualquer chuva mais forte, pelo menos por aqui, continua deixando as ruas do Estácio e do Rio Comprido intransitáveis — afirma Kátia da Costa, que mora na Rua Barão de Itapagipe.
SECRETARIA VAI VISTORIAR TRECHOS
Em nota, a Secretaria municipal de Obras (SMO), responsável pelas intervenções do Bairro Maravilha, disse apenas que vai vistoriar os locais citados nessa reportagem nos próximos dias. No entanto, sobram dúvidas, por parte dos moradores, com relação ao programa da prefeitura, cujas obras foram orçadas em cerca de R$ 11 milhões.
— A Rua Aristides Lobo, outra via teoricamente beneficiada pelo projeto, continua virando um rio depois que chove. Os novos contêineres de lixo flutuam pela rua e os bueiros ficam sem tampas, levadas pela força das águas. Será que fizeram mesmo a nova canalização? — questiona Katia da Costa.
O comerciante Josias Vieira, dono de um restaurante na Aristides Lobo, critica o estado das calçadas.
— Durante as obras, o que se via aqui era só engarrafamento. Por uns três dias eu não pude sequer entrar no meu estabelecimento. Se era para melhorar, tudo bem, entendemos. Mas várias calçadas já apresentam rachaduras. Eles precisam fazer tudo com mais competência, senão o dinheiro acaba indo pelo ralo — queixa-se o comerciante.
Segundo a Secretaria de Obras, as rachaduras têm se formado em decorrência de constante estacionamento irregular de veículos pesados nas proximidades.
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