Convênio para reurbanização da Rua Moreira César está ameaçado
24 de Fev 2017 | 22h20 - pavimentação no trecho da Rua Moreira César, entre a Avenida Ari Parreiras e a Alameda João Batista, que passou por obras há um ano, tem remendos, buracos e rachaduras. - Analice Paron
NITERÓI - Um dos dois convênios firmados entre a prefeitura e o Ministério das Cidades — no valor de R$ 5,3 milhões — para a reurbanização da Rua Moreira César, vence no próximo dia 1º, e a prefeitura corre o risco de ficar sem novos repasses, caso não consiga renovar o convênio. Segundo o órgão federal, do orçamento total destinado ao projeto, no valor de R$ 8,09 milhões, já foram repassados ao município R$ 870,5 mil. A prefeitura, porém, alega que parou os trabalhos por ter recebido apenas R$ 487,6 mil. Acrescenta que tenta prorrogar o convênio, mas não tem previsão para retomar as obras.
A verba para a reforma é proveniente de dois convênios, o primeiro, de R$ 5,3 milhões; e outro, de R$ 3,2 milhões. Segundo o ministério, já foram liberados R$ 487,6 Agência simeiro, e R$ 382,9 mil do segundo, o que totaliza R$ 870,5 mil. A prefeitura, contudo, diz ter recebido apenas o primeiro montante, usado na execução dos trechos entre as ruas Miguel de Frias e Álvares de Azevedo e entre a Avenida Ari Parreiras e a Alameda João Batista.
PARADA HÁ UM ANO
Anunciada em 2014, a obra de reurbanização da Rua Moreira César prometia uma requalificação do ponto comercial mais nobre de Icaraí. O planejamento inicial previa a entrega, em julho do ano passado, de uma infraestrutura urbanística completamente reformulada, com sistema traffic calming, fiação subterrânea, nova iluminação, ciclofaixa, bicicletários, novo mobiliário, totens e conexão wi-fi. Parado há um ano, o projeto tem futuro incerto, e quem mora no local reclama de tudo o que foi feito até agora.
— Nem a maquiagem que tentaram fazer aqui foi bem feita. O serviço é de péssima qualidade, com acabamento ruim. As calçadas de granito já estão quebradas, e o pior é que largaram como está. Esre trecho (entre a Avenida Ari Parreiras e a Alameda João Batista) é uma área abandonada em Icaraí — reclama o aposentado Fábio Martins.
O canteiro montado na Praça Dom Navarro, sobre o canal da Ari Parreiras, está cheio de restos da obra - Analice Paron
Outra herança da obra não concluída é o canteiro montado na Praça Dom Navarro, sobre o canal da Avenida Ari Parreiras, que há um ano não tem movimento de operários. Segundo moradores, o local sujo, mal iluminado e cheio de restos de material de obra tem servido de esconderijo para usuários de drogas e bandidos.
— Esses tapumes de nada adiantam, porque eles entram pela abertura na parte de baixo da porta. Já vi muitas invasões da minha janela — conta a dona de casa Denise Figueiró, que tem evitado sair à noite. — Tenho medo dessa gente mal-encarada e agressiva. Eles brigam o tempo todo.
Numa placa presa ao tapume do canteiro, constam as datas previstas para o começo (28 de maio de 2015) e o término (20 de julho de 2016) da reurbanização. As datas foram, posteriormente, cobertas com um adesivo branco, hoje parcialmente rasgado.
Entre os comerciantes, a reurbanização é vista como uma oportunidade para tornar a rua ainda mais movimentada e atrair novos clientes. A dona da loja de moda infantil Barulho, Vitória Ornelas, espera que os trabalhos sejam retomados, mas sugere um planejamento melhor do que o feito para a execução dos dois primeiros trechos.
— Prometeram transformar a rua numa Oscar Freire. Se fizerem isso, vai ser bom, mas tem que ser mais bem planejado. A obra é superpositiva, mas trouxe muitos transtornos aos comerciantes quando estava no trecho entre a Miguel de Frias e a Álvares de Azevedo. A prefeitura não pode bloquear a passagem de pedestres pela frente das lojas. Teve comerciante que ficou três dias sem vender nada — queixa-se Vitória.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a proposta de reprogramação do convênio está em análise. A prefeitura confirma a manutenção do projeto como foi anunciado em 2014 e solicitará à empresa responsável pela obra, R.C.Vieira Engenharia, a solução dos problemas apontados pelos moradores, incluindo o canteiro na Ari Parreiras.
NITERÓI - Um dos dois convênios firmados entre a prefeitura e o Ministério das Cidades — no valor de R$ 5,3 milhões — para a reurbanização da Rua Moreira César, vence no próximo dia 1º, e a prefeitura corre o risco de ficar sem novos repasses, caso não consiga renovar o convênio. Segundo o órgão federal, do orçamento total destinado ao projeto, no valor de R$ 8,09 milhões, já foram repassados ao município R$ 870,5 mil. A prefeitura, porém, alega que parou os trabalhos por ter recebido apenas R$ 487,6 mil. Acrescenta que tenta prorrogar o convênio, mas não tem previsão para retomar as obras.
A verba para a reforma é proveniente de dois convênios, o primeiro, de R$ 5,3 milhões; e outro, de R$ 3,2 milhões. Segundo o ministério, já foram liberados R$ 487,6 Agência simeiro, e R$ 382,9 mil do segundo, o que totaliza R$ 870,5 mil. A prefeitura, contudo, diz ter recebido apenas o primeiro montante, usado na execução dos trechos entre as ruas Miguel de Frias e Álvares de Azevedo e entre a Avenida Ari Parreiras e a Alameda João Batista.
PARADA HÁ UM ANO
Anunciada em 2014, a obra de reurbanização da Rua Moreira César prometia uma requalificação do ponto comercial mais nobre de Icaraí. O planejamento inicial previa a entrega, em julho do ano passado, de uma infraestrutura urbanística completamente reformulada, com sistema traffic calming, fiação subterrânea, nova iluminação, ciclofaixa, bicicletários, novo mobiliário, totens e conexão wi-fi. Parado há um ano, o projeto tem futuro incerto, e quem mora no local reclama de tudo o que foi feito até agora.
— Nem a maquiagem que tentaram fazer aqui foi bem feita. O serviço é de péssima qualidade, com acabamento ruim. As calçadas de granito já estão quebradas, e o pior é que largaram como está. Esre trecho (entre a Avenida Ari Parreiras e a Alameda João Batista) é uma área abandonada em Icaraí — reclama o aposentado Fábio Martins.
O canteiro montado na Praça Dom Navarro, sobre o canal da Ari Parreiras, está cheio de restos da obra - Analice Paron
Outra herança da obra não concluída é o canteiro montado na Praça Dom Navarro, sobre o canal da Avenida Ari Parreiras, que há um ano não tem movimento de operários. Segundo moradores, o local sujo, mal iluminado e cheio de restos de material de obra tem servido de esconderijo para usuários de drogas e bandidos.
— Esses tapumes de nada adiantam, porque eles entram pela abertura na parte de baixo da porta. Já vi muitas invasões da minha janela — conta a dona de casa Denise Figueiró, que tem evitado sair à noite. — Tenho medo dessa gente mal-encarada e agressiva. Eles brigam o tempo todo.
Numa placa presa ao tapume do canteiro, constam as datas previstas para o começo (28 de maio de 2015) e o término (20 de julho de 2016) da reurbanização. As datas foram, posteriormente, cobertas com um adesivo branco, hoje parcialmente rasgado.
Entre os comerciantes, a reurbanização é vista como uma oportunidade para tornar a rua ainda mais movimentada e atrair novos clientes. A dona da loja de moda infantil Barulho, Vitória Ornelas, espera que os trabalhos sejam retomados, mas sugere um planejamento melhor do que o feito para a execução dos dois primeiros trechos.
— Prometeram transformar a rua numa Oscar Freire. Se fizerem isso, vai ser bom, mas tem que ser mais bem planejado. A obra é superpositiva, mas trouxe muitos transtornos aos comerciantes quando estava no trecho entre a Miguel de Frias e a Álvares de Azevedo. A prefeitura não pode bloquear a passagem de pedestres pela frente das lojas. Teve comerciante que ficou três dias sem vender nada — queixa-se Vitória.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, a proposta de reprogramação do convênio está em análise. A prefeitura confirma a manutenção do projeto como foi anunciado em 2014 e solicitará à empresa responsável pela obra, R.C.Vieira Engenharia, a solução dos problemas apontados pelos moradores, incluindo o canteiro na Ari Parreiras.
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