Prefeitura ditará novas regras de segurança para carnaval do Rio


03 de Mar 2017 | 22h05 -Polícia faz perícia em carro alegórico da Unidos da Tijuca, que desabou na Sapucaí - Fabio Guimaraes








RIO - A prefeitura do Rio vai aguardar a reunião desta quinta-feira no Ministério Público, que discutirá regras de segurança do carnaval, para definir a edição de um decreto do prefeito Marcelo Crivella com normas que as escolas de samba terão que cumprir nos próximos anos na Marquês de Sapucaí. A informação é do presidente da Riotur, Marcelo Alves, que afirmou que as exigências poderão ser ampliadas para os blocos de carnaval, que usam trios elétricos, por exemplo.

— Vamos ter uma fiscalização mais rigorosa. Teremos uma reunião com o Ministério Público, com o Crea, o Corpo de Bombeiros entre outros órgãos. O rigor tem que ser não apenas na construção dos carros alegóricos, mas na verificação de quem os dirige. E as medidas de segurança devem ser estendidas para os blocos. O que ocorreu na Sapucaí foi uma fatalidade. Eu sou a favor da ampliação da fiscalização inclusive com a participação do Inmetro — acrescentou Marcelo Alves.

As declarações do presidente da Riotur foram dadas no Sambódromo logo após a divulgação do resultado do Grupo Especial que sagrou a Portela campeã. Sobre a decisão da Liesa de não rebaixar nenhuma escola, Alves se disse favorável:

— Eu achei a decisão respeitosa. Tem que respeitar a posição da Liesa a quem cabe tecnicamente analisa essas situações. Não acho que isso seja premiar o descuido. Um acidente danifica demais uma imagem de tanto trabalho durante um ano para fazer um carnaval brilhante.

O presidente da Liesa, Jorge Luiz Castanheira, por sua vez, afirmou que o aperfeiçoamento das medidas de segurança no caso de acidentes no futuro terão que levar em conta também a dinâmica dos desfiles.

— Não dá para parar o desfile para socorrer. O desfile é feito num encadeamento. Não tem como parar a evolução da escola e retomar do ponto que parou porque os jurados avaliam as escolas como um todo.

Castanheira também revelou bastidores da decisão de não ter rebaixamento para 2018.

— As escolas tiveram essa iniciativa. A Unidos Tijuca solicitou isso numa reunião nossa em função de todas as dificuldades que as escolas tiveram esse ano. Foi atípico. Por causa da crise, houve dificuldades para obter recursos e patrocínios. Pode até ser ruim para a imagem do carnaval. Mas tem que horas que tem que recuar para seguir em frente. A decisão pode não ter sido a mais palatável na avaliação da imprensa, Mas nós que estamos nos bastidores do carnaval sabemos como foi preparar a festa deste ano — disse Castanheira.

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