TCE investigará se Porto Alegre pode ter aumento 'indevido' na passagem


09 de Mar 2017 | 20h10 -Nova tarifa de ônibus de Porto Alegre será anunciada em breve (Foto: Ricardo Giusti/PMPA)




Técnicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) vão investigar uma "possível elevação indevida" da tarifa de ônibus em Porto Alegre. A determinação partiu do conselheiro Pedro Figueiredo, que acolheu nesta terça-feira (7) representação do Ministério Público de Contas (MPC).

Os técnicos do tribunal terão dois dias para avaliar a representação, que cita aspectos como o valor do combustível, o ingresso de receita, a vida útil dos pneus, o cálculo que considera a frota e não a rodagem dos veículos e a alteração da frequência das viagens. Após o prazo, o conselheiro decidirá se concede ou não uma medida cautelar para congelar a tarifa ou solicitar a elaboração de um novo cálculo.

Atualmente, a passagem no transporte coletivo da capital gaúcha custa R$ 3,75. O valor não foi definido, mas segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ficará acima de R$ 4. A estimativa foi feita pelo diretor-presidente da entidade, Marcelo Soletti, após a definição do dissídio dos transportadores rodoviários. As empresas responsáveis pelo serviço pedem que o preço suba para R$ 4,26.

Ainda antes da definição, a prefeitura já vinha fazendo estimativas do valor, ressaltando que ainda dependeria do dissídio dos trabalhadores.Recentemente, o município lançou uma ferramenta na qual, através de perguntas, os usuários de ônibus poderiam simular a tarifa de ônibus.

No questionário, passageiros de ônibus respondem sobre seu próprio perfil e sobre o que entendem ser necessário para o transporte. Conforme as opções marcadas, a ferramenta vai fazendo o cálculo. No final, é apresentado o valor.

Esse estudo, segundo a EPTC, não será utilizado para a formação dessa tarifa, mas alguns itens serão avaliados e poderão ainda ser discutidos, como as gratuidades.

A reportagem da RBS TV entrou em contato com a assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral do Município (PGM), que informou que ainda não se manifestará sobre caso.

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