Carcaças de ônibus queimados durante protesto permanecem na rua, na Lapa
Carcaça de ônibus queimado - Ione Luques
RIO - Pelo menos três carcaças de ônibus que foram queimados na noite da sexta-feira, durante o protesto contra as reformas trabalhistas e previdenciária, permanecem na rua, na Lapa, na região central do Rio. Faixas de acesso ao Aterro do Flamengo estão fechadas com cones para o trabalho de limpeza dos garis, e guardas municipais estão no local. Os carros e ônibus que passam pelo local em direção ao Aterro são desviados para uma das faixas que normalmente segue no sentido Rua Riachuelo, em direção à Tijuca. Pedestres que passam pelo local, em frente à Sala Cecília Meireles, param para observar e tirar fotos dos coletivos destruídos. Na noite da sexta-feira, após os confrontos, as carcaças já haviam virado 'point de selfies'. A Cinelândia foi palco no início da noite desta sexta-feira de algumas das cenas mais violentas durante os protestos contra as reformas trabalhista e da previdência.
Centenas de pessoas se reuniriam na Cinelândia para o ato final que, a partir das 18h, encerraria o dia de protestos e greve geral no Rio. Pouco depois das 17h, policiais militares lançaram várias bombas de gás lacrimogênio para reprimir um grupo de manifestantes que estava praticando atos de vandalismo na altura da Rua Treze de Maio, nas proximidades do Theatro Municipal. O uso indiscriminado das bombas atingiu as centenas de pessoas que aguardavam em frente ao palco montado em frente à Câmara Municipal, dispersando todos.
Em locais próximos, como a Rua do Passeio, perto da Lapa, ônibus foram queimados. Pneus e outros objetos foram queimados por alguns manifestantes em ruas como a Rio Branco e a Almirante Barros na fuga da polícia. Quando a situação parecia mais tranquila na Cinelândia, muitas pessoas voltaram para que o ato preparado para o palco acontecesse. Já era um público bem menor do que o anterior, antes de as primeiras bombas serem lançadas na praça. Durante cerca de 40 minutos, o ato aconteceu pacificamente, até que novamente o ato foi interrompido por bombas de gás lacrimogênio. O ato na Cinelândia não foi mais retomado pela falta de segurança.
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