Aditivo amplia prazo de entrega das obras da Transoceânica



 Operários trabalham em obra de drenagem nas imediações do mercado Diamante, em Itaipu: novo aditivo - Analice Paron





NITERÓI - A prefeitura de Niterói publicou mais um termo aditivo ao contrato com o consórcio responsável pela Transoceânica. Desta vez, o termo não muda o valor da obra, mas o prazo, estendido agora até novembro de 2018. A prefeitura garante, contudo, que fica mantido o prazo de entrega atual, previsto para o primeiro trimestre do mesmo ano.



 A publicação do aditivo — o sexto desde a assinatura do contrato — foi feita no Diário Oficial de 20 de maio. Nele, a vigência do contrato com o consórcio Transcoeânica — formado pelas empreiteiras Constran e Carioca Engenharia — foi ampliada em 16 meses, até 25 de novembro de 2018



. A justificativa era a necessidade de obras de dragagem no trecho 6, entre o trevo do Itaipu Multicenter e o mercado Diamante. Porém, três dias depois, a prefeitura publicou uma corrigenda ao ato administrativo, mantendo apenas a prorrogação do vínculo com as empreiteiras, sem explicar o motivo.  


 questionamos  a prefeitura sobre as razões da alteração do prazo do contrato. Em nota, o município afirma que “a entrega da obra não foi adiada para novembro de 2018” e que “continua trabalhando com a previsão de entrega para o primeiro trimestre de 2018”. Acrescenta que “o aditivo, comum em obras deste porte, é apenas uma forma de precaução para possíveis imprevistos em relação a prazos.” Essa, porém, não é a primeira vez que os prazos referentes à Transoceânica são alterados pela prefeitura.



 Quando foi assinado o contrato, em setembro de 2014, a previsão era que todo o projeto — incluindo o túnel Charitas-Cafubá e o corredor de ônibus BHS — estivesse concluído dois anos depois, em setembro de 2016. O prazo foi adiado diversas vezes. Na campanha eleitoral do ano passado, a prefeitura sustentava que o túnel seria entregue até o fim de 2016, e que toda a Transoceânica estaria em operação até o fim deste ano. O túnel, porém, só foi aberto ao tráfego cinco meses depois, em maio de 2017.



Já a previsão de abertura do corredor BHS passou para o primeiro trimestre de 2018. O valor da obra, orçado inicialmente em R$ 310,9 milhões, passou para R$ 384,8 milhões. Um possível entrave para a entrega do corredor é a conclusão de 11 das 13 estações previstas para o percurso.


Elas serão alvo de uma nova licitação, que utilizará cerca de R$ 36 milhões, oriundos do financiamento da Cooperação Andina de Fomento (CAF). A prefeitura não respondeu se a entrega das estações poderia afetar o prazo de conclusão da Transoceânica.


 Diante dos engarrafamentos registrados durante os períodos de rush nas orlas de São Francisco e Charitas após a abertura do túnel Charitas-Cafubá, o prefeito Rodrigo Neves anunciou na semana passada um conjunto de medidas para dar mais fluidez ao tráfego na região.



 A principal mudança é no itinerário dos ônibus da linha 52 (Baldeador-Itaipu). Agora ela passará pelas Avenidas Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva, seguindo para Itaipu pelo túnel Charitas-Cafubá. Além disso, a NitTrans vai destinar mais 15 agentes de trânsito para trabalhar no ordenamento do fluxo de veículos na orla da Zona Sul.

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