Empresários de ônibus vão à Justiça contra a liberação de circulação de vans na Zona Oeste

 Van em rua de Campo Grande em 12/01/2017 - Urbano Erbiste 




RIO - O Sindicato das Empresas de Ônibus (Rio Ônibus) informou no fim da tarde desta quarta-feira que vai entrar na Justiça contra a decisão da Secretaria Municipal de Transportes que volta a permitir a circulação de veículos de transporte alternativo com licença provisória na Zona Oeste. 


Na avaliação da entidade a medida seria um retrocesso para o desenvolvimento da mobilidade urbana do Rio. “Ao incentivar vans e kombis, a prefeitura sinaliza um esforço para um transporte que não obedece todos os requisitos legais e enfraquece o setor de transporte municipal por ônibus, que há cinco meses aguarda o cumprimento do contrato de concessão para o reajuste da tarifa.


 Na última semana, a Justiça reconheceu o direito dos consórcios e determinou a atualização do valor da tarifa”, diz a sonta.


 Eis outros trechos da nota: 


“A medida pode ser considerada um retrocesso para o desenvolvimento da mobilidade urbana no Rio de Janeiro, que recentemente recebeu investimentos públicos em meios de transporte de alta capacidade, como metrô, trens, barcas e BRTs, privilegiando a integração entre os diferentes modais, com benefícios diretos aos passageiros. 



Ao incentivar vans e kombis, a Prefeitura sinaliza um esforço para um transporte que não obedece todos os requisitos legais e enfraquece o setor de transporte municipal por ônibus, que há cinco meses aguarda o cumprimento do contrato de concessão para o reajuste da tarifa. 



Na última semana, a Justiça reconheceu o direito dos consórcios e determinou a atualização do valor da tarifa. A concorrência desleal de kombis e vans sem licença definitiva afeta diretamente as empresas de ônibus que atuam na Zona Oeste, reduzindo o número de passageiros transportados, pois muitas vezes os veículos de transporte alternativo realizam o mesmo trajeto das linhas convencionais e do BRT. 




Em 2016, o setor de transporte por ônibus teve perda de 5% no total de passageiros, na comparação com 2015. Nos últimos dois anos, por conta da crise econômica, sete empresas encerraram suas atividades no Rio, causando a demissão de 2,4 mil rodoviários.


 Entre as que fecharam, cinco atuavam na Zona Oeste: Andorinha, Rio Rotas, City Rio, Algarve e Bangu. Atualmente, outras 11 empresas enfrentam dificuldades financeiras por conta da crise.”

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