Projeto que permite uso de armas por guardas municipais gera polêmica nas redes sociais



Maioria dos internautas se mostra favorável ao uso de armas por guardas municipais - Pedro Teixeira




RIO - O projeto que pode permitir aos guardas municipais do Rio usarem armas letais para reforçar a segurança nas ruas da cidade provocou polêmica nas redes sociais. A grande maioria dos internautas apoia a medida, que será debatida em audiências públicas a partir da próxima semana na Câmara de Vereadores.



 Eles usam o combate à criminalidade como principal argumento para justificar a validade da medida. Mas a proposta também recebe críticas. A principal alegação de quem é contrário é a falta de preparo dos agentes.


  Um dos internautas favoráveis ao projeto disse não haver sentido no fato de uma força de segurança do município atuar no Rio desarmada e sem equipamentos como coletes à prova de balas.



 Para ele, com treinamento adequado, os agentes poderiam se tornar uma força complementar às polícias. "Sinceramente, se é para manter o efetivo desarmado e sem a mínima proteção necessária para atuar em segurança púbica num lugar onde a criminalidade campeia, acho melhor que se extingue a Guarda Municipal do Rio.




Vamos pelo menos economizar o dinheiro que se gasta para fazer uma "meia-segurança"! disse ele em um dos trechos do comentário.




  isso reflete o que dizem os internautas nas redes socias. Ao todo, 74% aprova o uso de armas de fogo pela Guarda Municipal. Destes, 59% concordam que a medida faz dos agentes uma força a mais contra a violência na cidade, enquanto 15% apoiam o projeto, mas apenas se os guardas tiverem treinamento adequado.


 Entre os que se mostram contrários à proposta, 8% disseram ser contra o uso de armas de fogo, enquanto 6% arrgumentam que os agentes não são treinados para usar armas.  Nas redes, muitos preferiram usar a ironia para se mostrarem favoráveis ao uso de armas de fogo pelos guardas.


 O internauta que teve o maior número de reações positivas na seção de comentários sugeriu que os agentes de segurança que fossem alvo de agressões deveriam revidar tiros e pedradas "com travesseiros e no meio do confronto pedir uma pausa pra abraçar uma arvore e tomar um chá de damasco".


 Já entre os que são contrários à medida demonstraram preocupação com um crescimento no autoritarismo da Guarda Municipal. Eles ressaltaram que a policiais militares já carecem de treinamento adequado, acrescentando que o mesmo ocorreria com os guardas:  "Não, a PM já mata muito.


 Vai ser outra tropa despreparada.", escreveu um dos leitores. "Claro que não. Eles não têm o menor preparo pra isso. Até a polícia se demonstra despreparada", destacou um internauta logo em seguida.  Um outro leitor fez críticas à Guarda Municipal, classificando-a como "altamente despreparada para exercer o seu ofício, com ou sem armamento".


No entanto, disse ser a favor que qualquer agente de segurança seja autorizado a usar armamento letal quando exercesse alguma função que representasse risco à vida, desde que esteja "plenamente habilitado e treinado para isso".


 Atualmente, a Lei Orgânica do Município não permite que os guardas usem qualquer tipo de armamento, e somente uma aprovação pela maioria dos vereadores na Câmara Municipal poderia alterar essa determinação.


 A ideia de armar a guarda municipal encontra apoio do secretário municipal de Ordem Pública, coronel Paulo César Amêndola, que estima que 2.500 agentes poderiam ser treinados pela Polícia Militar, e do prefeito Marcelo Crivella, que se mostra a favor do uso de armas não letais em operações de rotina e de armas de fogo em situações específicas, como em ações conjuntas com a polícia, como as do Centro Presente, Aterro Presente e Lagoa Presente.

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