Comitê dos EUA aprova acelerar implantação de carros autônomos
Nova aposta de empresas de automóveis em todo o mundo são os carros que não precisam de motorista para se locomover. Na imagem, a Ford faz um teste com um de seus veículos potencialmente autônomos. Mas um motorista participa do teste, para caso precise interferir em algo - Jared Wickerham / AP
WASHINGTON — Um influente comitê da Câmara de Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei bipartidário que vai acelerar a implementação de carros autônomos, sem controladores humanos, e impedirá estados de proibirem esses veículos.
A proposta permitirá que as montadoras obtenham isenções para fabricar até 25 mil veículos sem atender aos padrões de segurança atuais no primeiro ano, uma cobertura que chegaria a 100 mil veículos ao longo de três anos.
As montadoras e empresas de tecnologia acreditam que Há boas chances de que o Congresso aprove a legislação antes do final do ano. Elas têm pressionado por regulamentações que facilitem a implantação da tecnologia autônoma, enquanto grupos de consumidores buscam mais proteções. 
A Câmara avaliará o projeto quando se reunir novamente, em setembro, e os senadores planejam apresentar uma medida semelhante em separado.
Segundo a proposta, os estados ainda podem estabelecer regras sobre registro, licenciamento, responsabilidade, seguros e inspeções de segurança, mas não poderiam definir padrões de desempenho de veículos autônomos.
Empresas como General Motors, Alphabet, Tesla, Volkswagen e outras têm feito pressão para a legislação acelerar essa implementação. Os defensores do consumidor querem mais mudanças, incluindo o fornecimento à Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário acesso rápido a dados de acidentes e mais recursos para fiscalizar os carros autônomos. 
A questão ganhou nova urgência com o aumento de 7,7% nas mortes em estradas norte-americanas em 2015, o maior salto anual desde 1966. Os fabricantes de automóveis dizem que, sem alterações nos regulamentos, os testes de carros autônomos nos EUA poderiam migrar para a Europa e outras localidades.