Em reunião com Jungmann, Crivella coloca 8,5 mil guardas municipais à disposição da ações de segurança


 Prefeito Marcelo Crivella fala sobre o protesto de taxistas no Rio - Custódio Coimbra



 RIO - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o prefeito Marcelo Crivella participaram de uma reunião, nesta segunda-feira, na sede da prefeitura para discutir a atuação da Guarda Municipal (GM) nas ações do plano nacional de segurança para o Rio.


Segundo Marcelo Crivella, a GM vai atuar combatendo varejo do crime (roubos de celular e carteiras, arrastões, entre outros) liberando as equipes da Força Nacional para atuar no combate aos crimes mais graves. — A Guarda Municipal, com seus 8,5 mil homens, está à disposição.



Estamos coesos e unidos para combater a criminalidade no Rio — afirmou prefeito. Já o ministro Raul Jungmann disse que, além da atuação nas ruas, em locais onde o tipo de crime é mais voltado aos pedestres, a Guarda também vai repassar informações de inteligência para as tropas.



  — A Guarda pode desempenhar certas tarefas, liberando gente para aquelas tarefas que são realmente de embate, de combate ao crime. Os guardas poderão cuidar dos pequenos delitos; dos crimes de baixo impacto, liberando outros agentes para os crimes de alto impacto, como sequestro, assalto, que preocupam a sociedade — disse Jungmann. Jungmann disse ainda que a Guarda Municipal terá o Coronel Paulo Cesar Amêndola, Secretário de Ordem Pública, como seu representante no Centro de Controle.



 — O município está mais perto da população, em todos os bairros. A guarda tem um serviço de inteligência, com muitos dados importantes. E a guarda municipal ocupando determinados trechos da cidade ostensivamente, vai liberar a Polícia Militar para uma ação mais repressiva.



 Quando tiver que desmontar os arsenais da droga e do tráfico vai a polícia militar, que vai ter que se afastar do asfalto. Quem vai ocupar o asfalto? A Guarda Municipal, com sua ostensividade, tirando a sobrecarga da polícia - explicou Amêndola, sem esclarece como será esta atuação, já que a guarda não usa arma.  



 REDUÇÃO NESTA SEGUNDA-FEIRA



 Antes de se encontrar com o prefeito, Jungmann afirmou que as Forças Armadas já se preparam para a segunda fase da operação. E, de acordo com ele, a redução do número de homens nas ruas nesta segunda-feira aconteceu para não impactar tanto na vida da população, em função do trânsito.



 — Hoje a tropa está reduzida à metade para evitar o impacto muito grande na cidade. Mas é uma coisa de retração natural das tropas. Já estamos nos preparando para a segunda fase — disse o ministro, que na manhã desta segunda-feira teve uma reunião com o procurador de Justiça Eduardo Gussem, na sede do Ministério Público (MP), no Centro do Rio. Nesta manhã, o ministro também teve uma reunião com a Polícia Civil e disse que houve novas quedas na criminalidade no Rio, mas não detalhou os números.

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