Ex-presidente do Detro se entrega à PF, após novo mandado de prisão
O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) Rogério Onofre - Gabriel de Paiva 31/08/2011
RIO - O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) Rogério Onofre se apresentou na manhã dete sábado à Polícia Federal, na Praça Mauá. Ele era considerado foragido da Justiça, após não ter sido encontrado nem na casa dele em Paraíba do Sul (RJ) e nem em Florianópolis, onde foi preso em julho. Segundo o advogado dele, Yuri Sahione, Onofre não estava em casa porque se sente ameaçado.
— Não houve irregularidades. Após o novo mandado de prisão, avisamos o juiz que Rogério Onofre se encontrava em local sabido e seguro — informou o advogado.  Segundo o advogado de Onofre, não há razão para o novo mandado de prisão.
Ele argumenta que os motivos não são novos e remontam a fatos anteriores à primeira prisão, o que contraria a jurisprudencia da segunda turma do STF, da qual Gilmar Mendes faz parte. O advogado informou também que vai recorrer da decisão.
Ontem, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável por julgar os casos da Lava-Jato no Rio, mandou prender novamente o ex-presidente do Detro, que havia sido solto na quinta-feira por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar havia substituído a prisão preventiva de Onofre pelo recolhimento domiciliar, retenção de passaporte e proibição de contato com outros investigados na ação. O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a nova prisão de Onofre, afirmando que ele ameaçou dois empresários também investigados na Operação Ponto Final. 
Bretas disse que as ameaças são "gravíssimas", mas que deixou de apreciar o requerimento para que Gilmar tenha ciência dos fatos. Em um ofício, o ministro do STF decidiu que a reponsabilidade sobre a nova prisão de Onofre era do juiz Bretas, que, então, decretou a nova prisão.
As ameaças do ex-presidente do Detro, segundo a investigação, foram feitas contra os empresários Guilherme Vialle e Nuno Coelho, detidos em um desdobramento da Operação Ponto Final. O MPF teve acesso a um áudio enviado por Onofre a Vialle, antes de ser preso.
Na gravação, Onofre afirma que Vialle e Coelho “ainda não morreram” em função de supostas dívidas que os empresários teriam com ele. A defesa de Onofre negou que ele tenha feito ameaças aos empresários.
“Vocês não estão tendo noção do que eu estou passando, nem do que vocês me devem. Eu não sei o que está havendo com vocês. Vocês não estão acreditando, rapaz, na sorte.
Vocês ainda não foram... morreram ainda porque eu quero receber, mermão. Agora eu tô percebendo que vocês não vão pagar mesmo, aí então... nós vamos resolver isso...”, disse Onofre. Veja também
RIO - O ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro) Rogério Onofre se apresentou na manhã dete sábado à Polícia Federal, na Praça Mauá. Ele era considerado foragido da Justiça, após não ter sido encontrado nem na casa dele em Paraíba do Sul (RJ) e nem em Florianópolis, onde foi preso em julho. Segundo o advogado dele, Yuri Sahione, Onofre não estava em casa porque se sente ameaçado.
— Não houve irregularidades. Após o novo mandado de prisão, avisamos o juiz que Rogério Onofre se encontrava em local sabido e seguro — informou o advogado.  Segundo o advogado de Onofre, não há razão para o novo mandado de prisão.
Ele argumenta que os motivos não são novos e remontam a fatos anteriores à primeira prisão, o que contraria a jurisprudencia da segunda turma do STF, da qual Gilmar Mendes faz parte. O advogado informou também que vai recorrer da decisão.
Ontem, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio e responsável por julgar os casos da Lava-Jato no Rio, mandou prender novamente o ex-presidente do Detro, que havia sido solto na quinta-feira por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Gilmar havia substituído a prisão preventiva de Onofre pelo recolhimento domiciliar, retenção de passaporte e proibição de contato com outros investigados na ação. O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a nova prisão de Onofre, afirmando que ele ameaçou dois empresários também investigados na Operação Ponto Final. 
Bretas disse que as ameaças são "gravíssimas", mas que deixou de apreciar o requerimento para que Gilmar tenha ciência dos fatos. Em um ofício, o ministro do STF decidiu que a reponsabilidade sobre a nova prisão de Onofre era do juiz Bretas, que, então, decretou a nova prisão.
As ameaças do ex-presidente do Detro, segundo a investigação, foram feitas contra os empresários Guilherme Vialle e Nuno Coelho, detidos em um desdobramento da Operação Ponto Final. O MPF teve acesso a um áudio enviado por Onofre a Vialle, antes de ser preso.
Na gravação, Onofre afirma que Vialle e Coelho “ainda não morreram” em função de supostas dívidas que os empresários teriam com ele. A defesa de Onofre negou que ele tenha feito ameaças aos empresários.
“Vocês não estão tendo noção do que eu estou passando, nem do que vocês me devem. Eu não sei o que está havendo com vocês. Vocês não estão acreditando, rapaz, na sorte.
Vocês ainda não foram... morreram ainda porque eu quero receber, mermão. Agora eu tô percebendo que vocês não vão pagar mesmo, aí então... nós vamos resolver isso...”, disse Onofre. Veja também