Rodoviários aceitam proposta das empresas e afastam plano de greve geral
Rodoviários aceitaram nova oferta deita pelos empresários - Carmen Junqueira |
Após inúmeras reuniões e tentativas de negociar um acordo, os rodoviários decidiram na manhã de
domingo (24/9) aceitar a proposta oferecida pelas empresas.
A categoria chegou a programar uma paralisação na última quinta-feira (21/9), mas devido ao avanço das negociações decidiram prorrogar.
Na sexta (22/9), a diretoria do sindicato se reuniu, novamente, com os empresários que chegaram ao um consenso. Hoje em assembleia, os reajustes foram apresentados para os trabalhadores que votaram positivamente pela oferta e a ideia de greve geral por tempo indeterminado a partir dessa segunda-feira (25/9) foi descartada.
A proposta anunciada pelo presidente do sindicato, Jorge Farias informou reajuste de 5,25% no salário, ticket e cesta básica, 14% no plano de saúde e odontológico e o mais comemorado, passe livre no metrô. “É uma grande conquista desta categoria.
Foi muita sábia a decisão de todos os trabalhadores nesta votação”, comemorou Jorge. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas estiveram presentes no local. Histórico de greves Na última greve, realizada em 28 de agosto, cerca de 1,8 milhão de usuários do transporte público foram pegos de surpresa por uma greve relâmpago.
As empresas Pioneira, São José, Piracicabana, Urbi e Marechal, incluindo as linhas do BRT Gama e Santa Maria, não saíram das garagens durante todo o dia. Escolas, empresas e serviços de saúde também foram afetados.
Nessa greve, os rodoviários desrespeitaram duas decisões judiciais que declaram o movimento ilegal e determinaram a volta imediata ao trabalho. Em julho, os rodoviários reduziram em 30% a frota de ônibus do Distrito Federal, justamente no horário de pico.
Já nessa época a categoria reivindicavam os 10% de reajuste salarial e 20% no vale-alimentação, além de passe livre para uso do metrô.
Dois dias antes, os trabalhadores haviam paralisado totalmente as atividades em adesão ao protesto nacional contra as reformas trabalhistas e da Previdência, que acabaram passando no Congresso Nacional. Em maio outra greve, mas o motivo da paralisação foi outro: atraso no pagamento dos salários e benefícios a motoristas e cobradores.