Mulheres têm mais tendência a perder interesse sexual no parceiro
Mulheres tendem a perder interesse em atividades sexuais com seus parceiros duas vezes mais do que eles - Agência Brasil
RIO — Mulheres e homens tendem a perder o interesse em atividades sexuais com seus parceiros após um ano de relação. Mas elas lidam com essa realidade duas vezes mais do que indivíduos do gênero masculino na mesma situação. É o que revela um estudo publicado pelo British Medical Journal (BMJ), o principal periódico médico do Reino Unido.
De acordo com a professora Cynthia Graham, do Centro de Pesquisa em Saúde Sexual da Universidade de Southampton e autora principal da pesquisa, publicada nesta quarta-feira, a qualidade e a duração do relacionamento e a comunicação com seus parceiros são importantes para evitar esse desinteresse, especialmente para as mulheres. 
"Nossas descobertas mostram a importância do contexto da relação para entender o baixo interesse sexual tanto para homens quanto mulheres", afirma Cynthia. O estudo concluiu que, em geral, as pessoas que sempre encontram facilidade para conversar sobre sexo com seus parceiros são menos propensas a reportar falta de interesse.
"Isso evidencia a necessidade de avaliar e — se necessário — tratar os problemas do interesse sexual de uma forma holística da relação, bem como de modo específico por gênero", diz a especialista.
 A co-autora e médica Kirstin Mitchell, da Unidade de Ciências de Saúde Pública e Social, da Universidade de Glasgow, frisa a importância de não limitar a educação sexual às consequências adversas do sexo e de como preveni-las: "
As descobertas sobre a forte associação entre comunicação aberta sobre sexo e uma reduzida probabilidade de problemas de interesse sexual enfatizam a importância de providenciar uma ampla educação sexual", esclarece ela.
O estudo também revelou outros elementos ligados ao baixo interesse sexual em homens e mulheres, como o diagnóstico uma doença sexualmente transmissível, vivenciar uma experiência sexual contra a vontade, problemas na saúde física e emocional e a sensação de não estar emocionalmente próximo do parceiro durante o sexo.
Especialmente entre as mulheres, entre os fatores que mais contribuem são a existência de crianças com menos de 5 anos de idade em casa, diferenças de gostos com o parceiro e ter feito sexo com três ou mais parceiros no último ano. A pesquisa entrevistou 6.669 mulheres e 4.839 homens com idades entre 16 e 74 anos que afirmaram ter tido ao menos um parceiro no último ano.
No geral, 34% das mulheres e 15% dos homens reportaram perda de interesse sexual. Dessa amostra, 62% das mulheres e 53% dos homens relataram que se sentem angustiados por isso.
O estudo é resultado de um trabalho de pesquisadores da Universidade College London, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, e a NatCen Social Research.
A iniciativa foi do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido e do Wellcome Trust, com apoio do Conselho de Pesquisa Econômico e Social e do Departamento de Saúde.
RIO — Mulheres e homens tendem a perder o interesse em atividades sexuais com seus parceiros após um ano de relação. Mas elas lidam com essa realidade duas vezes mais do que indivíduos do gênero masculino na mesma situação. É o que revela um estudo publicado pelo British Medical Journal (BMJ), o principal periódico médico do Reino Unido.
De acordo com a professora Cynthia Graham, do Centro de Pesquisa em Saúde Sexual da Universidade de Southampton e autora principal da pesquisa, publicada nesta quarta-feira, a qualidade e a duração do relacionamento e a comunicação com seus parceiros são importantes para evitar esse desinteresse, especialmente para as mulheres. 
"Nossas descobertas mostram a importância do contexto da relação para entender o baixo interesse sexual tanto para homens quanto mulheres", afirma Cynthia. O estudo concluiu que, em geral, as pessoas que sempre encontram facilidade para conversar sobre sexo com seus parceiros são menos propensas a reportar falta de interesse.
"Isso evidencia a necessidade de avaliar e — se necessário — tratar os problemas do interesse sexual de uma forma holística da relação, bem como de modo específico por gênero", diz a especialista.
 A co-autora e médica Kirstin Mitchell, da Unidade de Ciências de Saúde Pública e Social, da Universidade de Glasgow, frisa a importância de não limitar a educação sexual às consequências adversas do sexo e de como preveni-las: "
As descobertas sobre a forte associação entre comunicação aberta sobre sexo e uma reduzida probabilidade de problemas de interesse sexual enfatizam a importância de providenciar uma ampla educação sexual", esclarece ela.
O estudo também revelou outros elementos ligados ao baixo interesse sexual em homens e mulheres, como o diagnóstico uma doença sexualmente transmissível, vivenciar uma experiência sexual contra a vontade, problemas na saúde física e emocional e a sensação de não estar emocionalmente próximo do parceiro durante o sexo.
Especialmente entre as mulheres, entre os fatores que mais contribuem são a existência de crianças com menos de 5 anos de idade em casa, diferenças de gostos com o parceiro e ter feito sexo com três ou mais parceiros no último ano. A pesquisa entrevistou 6.669 mulheres e 4.839 homens com idades entre 16 e 74 anos que afirmaram ter tido ao menos um parceiro no último ano.
No geral, 34% das mulheres e 15% dos homens reportaram perda de interesse sexual. Dessa amostra, 62% das mulheres e 53% dos homens relataram que se sentem angustiados por isso.
O estudo é resultado de um trabalho de pesquisadores da Universidade College London, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, e a NatCen Social Research.
A iniciativa foi do Conselho de Pesquisa Médica do Reino Unido e do Wellcome Trust, com apoio do Conselho de Pesquisa Econômico e Social e do Departamento de Saúde.