Por que o Brasil parou de cair em competitividade
Obras: na infraestrutura, houve melhora na nota e queda no ranking (Germano Luders/Revista EXAME)
São Paulo – O Brasil parou de cair no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial pela primeira vez desde 2012.
  O país ganhou uma posição na edição divulgada na quarta-feira (27), subindo de 81º para 80º entre 137 países analisados. Há 5 anos, estávamos na 48ª posição. A melhor colocação já atingida pelo país foi o 14º lugar em 2001.
O ranking leva em conta 114 indicadores em 12 pilares: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, educação e saúde primárias, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação dos negócios e inovação. 
Parte dos indicadores são estatísticos e parte são resultado de uma pesquisa de opinião respondida por cerca de 200 executivos, gestores e investidores locais. A Fundação Dom Cabral por fazer o levantamento nacional e Carlos Arruda, professor da instituição, explica que os dados são referentes a 2016.
Por isso, ainda não capturam nem os efeitos da aprovação de reformas nem os sinais mais claros de retomada da atividade econômica, mas a percepção de que elas viriam em breve.
“Os países para se tornarem mais competitivos iniciam pela agenda positiva. É isso que começa a se detectar no Brasil. O primeiro estágio é a percepção da comunidade empresarial de que existe esta agenda, o segundo estágio é quando transformo confiança em investimento interno e externo”, diz Arruda.
Ele diz que o Brasil pode ser comparado à Argentina, cuja melhora do 104º para o 92º lugar também foi muito baseada em melhora na confiança dos executivos. O terceiro estágio da melhora, segundo Arruda, seria quando o investimento começa a gerar renda e emprego; ele cita Indonésia e Portugal como exemplos de países neste estágio do ciclo.
O quarto estágio seria quanto tudo isso constrói novos patamares de qualificação, inovação e produtividade; seria aonde a China chegou atualmente.
Corrupção Um dos maiores avanços do Brasil neste ano foi no pilar de Instituições, que avançou 11 posições em um ano e foi de 120º para 109º lugar.
Isso mostra “os efeitos das investigações levando a mais transparência e a percepção de procedimentos bem-sucedidos para combater a corrupção dentro dos limites institucionais da Constituição brasileira”, diz o relatório do Fórum.
Ainda assim, o Brasil é 126º lugar em ética corporativa e fica em último em confiança na classe política“. Já o ambiente macroeconômico piorou a nota mas subiu duas posições no ranking, com destaque para o controle da inflação. Na Infraestrutura, o contrário: melhora na nota e queda no ranking.
O maior avanço foi no pilar de Inovação, “com viradas em muitos dos indicadores, indicando uma capacidade renovada para inovar com mais colaboração entre indústrias, universidades e negócios, qualidade mais alta de pesquisa, e engenheiros e cientistas mais bem treinados”, diz o relatório.
Também houve melhoras na prontidão tecnológica e na sofisticação dos negócios. Juntos, estes pilares apontam para um crescimento mais voltado para o futuro, algo que segundo Arruda será cada vez mais valorizado nas revisões metodológicas do Fórum.
“Mas não podemos ter novas surpresas. A eleição em 2018 tem que ser séria, porque se elegermos mal, vamos voltar para onde estávamos”, completa. Veja também
São Paulo – O Brasil parou de cair no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial pela primeira vez desde 2012.
  O país ganhou uma posição na edição divulgada na quarta-feira (27), subindo de 81º para 80º entre 137 países analisados. Há 5 anos, estávamos na 48ª posição. A melhor colocação já atingida pelo país foi o 14º lugar em 2001.
O ranking leva em conta 114 indicadores em 12 pilares: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, educação e saúde primárias, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado, sofisticação dos negócios e inovação. 
Parte dos indicadores são estatísticos e parte são resultado de uma pesquisa de opinião respondida por cerca de 200 executivos, gestores e investidores locais. A Fundação Dom Cabral por fazer o levantamento nacional e Carlos Arruda, professor da instituição, explica que os dados são referentes a 2016.
Por isso, ainda não capturam nem os efeitos da aprovação de reformas nem os sinais mais claros de retomada da atividade econômica, mas a percepção de que elas viriam em breve.
“Os países para se tornarem mais competitivos iniciam pela agenda positiva. É isso que começa a se detectar no Brasil. O primeiro estágio é a percepção da comunidade empresarial de que existe esta agenda, o segundo estágio é quando transformo confiança em investimento interno e externo”, diz Arruda.
Ele diz que o Brasil pode ser comparado à Argentina, cuja melhora do 104º para o 92º lugar também foi muito baseada em melhora na confiança dos executivos. O terceiro estágio da melhora, segundo Arruda, seria quando o investimento começa a gerar renda e emprego; ele cita Indonésia e Portugal como exemplos de países neste estágio do ciclo.
O quarto estágio seria quanto tudo isso constrói novos patamares de qualificação, inovação e produtividade; seria aonde a China chegou atualmente.
Corrupção Um dos maiores avanços do Brasil neste ano foi no pilar de Instituições, que avançou 11 posições em um ano e foi de 120º para 109º lugar.
Isso mostra “os efeitos das investigações levando a mais transparência e a percepção de procedimentos bem-sucedidos para combater a corrupção dentro dos limites institucionais da Constituição brasileira”, diz o relatório do Fórum.
Ainda assim, o Brasil é 126º lugar em ética corporativa e fica em último em confiança na classe política“. Já o ambiente macroeconômico piorou a nota mas subiu duas posições no ranking, com destaque para o controle da inflação. Na Infraestrutura, o contrário: melhora na nota e queda no ranking.
O maior avanço foi no pilar de Inovação, “com viradas em muitos dos indicadores, indicando uma capacidade renovada para inovar com mais colaboração entre indústrias, universidades e negócios, qualidade mais alta de pesquisa, e engenheiros e cientistas mais bem treinados”, diz o relatório.
Também houve melhoras na prontidão tecnológica e na sofisticação dos negócios. Juntos, estes pilares apontam para um crescimento mais voltado para o futuro, algo que segundo Arruda será cada vez mais valorizado nas revisões metodológicas do Fórum.
“Mas não podemos ter novas surpresas. A eleição em 2018 tem que ser séria, porque se elegermos mal, vamos voltar para onde estávamos”, completa. Veja também