Sumiço das linhas de ônibus 832 e 806 gera protestos na Taquara
Ônibus na Taquara: passageiros reclamam das mudanças de linhas sem aviso - Pedro Teixeira / Pedro Teixeira/19-7-2012
Há cerca de 15 dias, o desaparecimento repentino de duas linhas de ônibus pegou de surpresa moradores da Taquara. Desde então, as antigas linhas 832 e 806 deram lugar, respectivamente, à 963 e à 865. Mas, segundo alguns passageiros, as novas linhas não apenas fazem trajetos mais curtos, como estendem os tempos originais de percurso.
Em razão da frota reduzida, em muitos casos as vans se tornam a principal ou a única opção — e, como costumam andar lotadas, isso torna mais difícil a locomoção rumo a diferentes pontos da cidade.  Nathan Morais vai ocasionalmente à Zona Sul a trabalho.
O universitário diz que, até o mês passado, para sair de sua casa, em Curicica, usava a linha 832, que o deixava no Terminal Alvorada, de onde pegava o BRT até o metrô do Jardim Oceânico.
Agora, ele precisa pegar a 963 e seguir até a estação Curicica do BRT, o que aumentou seu tempo de viagem até a Barra em cerca de 20 minutos. Além disso, aos domingos e feriados, é necessário fazer uma baldeação no Alvorada para chegar ao metrô.
— Era uma linha muito importante para muita gente, e simplesmente não avisaram nada. Eu estava lá no ponto, esperando normalmente, quando vi o ônibus 963 passando — explica Morais, que diz ter descoberto pelo boca a boca da internet que a linha 832 não estava operando.
— Mais uma vez, sequer consultaram a população. Qual a vantagem de deixar trabalhadores esperando horas e horas para, depois, fazerem um trajeto maior, muitas vezes pagando mais?
E quem opta pelas vans enfrenta filas enormes. Moradora da Taquara, a assistente administrativa Juliana Sardo diz que tem evitado usar as vans devido à lotação, mas, na correria do dia a dia, às vezes acaba cedendo.
Segundo ela, quando a 832 estava em circulação, o tempo de espera no ponto da Estrada do Guerenguê, na altura da Praça da Playboy, ficava em torno de 15 minutos; e, com a nova linha, pode ser de mais de uma hora.
Além disso, ela diz que o trajeto da 963 inclui ruas mais engarrafadas, como a André Rocha:  — Eu dependia da linha antiga para chegar ao trabalho, e fiquei à mercê das vans, que já chegam cheias ao meu ponto.
Vejo muita gente de idade com dificuldade, porque a 832 passava pelo centro da Taquara, e, agora, é preciso andar um bom pedaço até lá. Muitas vezes, os idosos também não conseguem pegar as vans, porque elas só levam duas gratuidades de cada vez. Julianne Ribeiro costumava pegar o 806 para ir da Estrada dos Teixeiras até a Freguesia.
No último sábado, ela se surpreendeu ao descobrir que a linha fora substituída pela 865, que deixa os passageiros no Largo da Capela — onde há outras linhas em direção ao centro da Taquara — em vez de seguir pela Estrada do Rio Grande, como fazia o 806: — Além de o transporte ser precário, essas mudanças são frequentes.
Nessa os maiores prejudicados têm sido os alunos dos colégios públicos que precisam ir para o centro do bairro. Multas levaram a suspensões Segundo a Secretaria municipal de Transportes, as linhas 832 e 806, de responsabilidade do Consórcio Transcarioca, foram suspensas à revelia da prefeitura, que, por isso, vem aplicando multas ao consórcio.
Procurada a Transcarioca alegou falta de verbas para manter as linhas em circulação. Informou, ainda, que já entrou em contato com a prefeitura diversas vezes para solucionar o problema, mas não houve retorno.
De acordo com a secretaria, o consórcio já foi multado dez vezes só este ano por operar a 806 com frota abaixo do determinado.
Por sua vez, a linha 832 foi alvo de três multas em 2017, também por operar com frota reduzida. Enquanto a situação não for normalizada, as linhas substitutas, que tiveram seus trajetos originais alterados para atender à demanda dos passageiros da 806 e da 832, serão mantidas como opção.
Há cerca de 15 dias, o desaparecimento repentino de duas linhas de ônibus pegou de surpresa moradores da Taquara. Desde então, as antigas linhas 832 e 806 deram lugar, respectivamente, à 963 e à 865. Mas, segundo alguns passageiros, as novas linhas não apenas fazem trajetos mais curtos, como estendem os tempos originais de percurso.
Em razão da frota reduzida, em muitos casos as vans se tornam a principal ou a única opção — e, como costumam andar lotadas, isso torna mais difícil a locomoção rumo a diferentes pontos da cidade.  Nathan Morais vai ocasionalmente à Zona Sul a trabalho.
O universitário diz que, até o mês passado, para sair de sua casa, em Curicica, usava a linha 832, que o deixava no Terminal Alvorada, de onde pegava o BRT até o metrô do Jardim Oceânico.
Agora, ele precisa pegar a 963 e seguir até a estação Curicica do BRT, o que aumentou seu tempo de viagem até a Barra em cerca de 20 minutos. Além disso, aos domingos e feriados, é necessário fazer uma baldeação no Alvorada para chegar ao metrô.
— Era uma linha muito importante para muita gente, e simplesmente não avisaram nada. Eu estava lá no ponto, esperando normalmente, quando vi o ônibus 963 passando — explica Morais, que diz ter descoberto pelo boca a boca da internet que a linha 832 não estava operando.
— Mais uma vez, sequer consultaram a população. Qual a vantagem de deixar trabalhadores esperando horas e horas para, depois, fazerem um trajeto maior, muitas vezes pagando mais?
E quem opta pelas vans enfrenta filas enormes. Moradora da Taquara, a assistente administrativa Juliana Sardo diz que tem evitado usar as vans devido à lotação, mas, na correria do dia a dia, às vezes acaba cedendo.
Segundo ela, quando a 832 estava em circulação, o tempo de espera no ponto da Estrada do Guerenguê, na altura da Praça da Playboy, ficava em torno de 15 minutos; e, com a nova linha, pode ser de mais de uma hora.
Além disso, ela diz que o trajeto da 963 inclui ruas mais engarrafadas, como a André Rocha:  — Eu dependia da linha antiga para chegar ao trabalho, e fiquei à mercê das vans, que já chegam cheias ao meu ponto.
Vejo muita gente de idade com dificuldade, porque a 832 passava pelo centro da Taquara, e, agora, é preciso andar um bom pedaço até lá. Muitas vezes, os idosos também não conseguem pegar as vans, porque elas só levam duas gratuidades de cada vez. Julianne Ribeiro costumava pegar o 806 para ir da Estrada dos Teixeiras até a Freguesia.
No último sábado, ela se surpreendeu ao descobrir que a linha fora substituída pela 865, que deixa os passageiros no Largo da Capela — onde há outras linhas em direção ao centro da Taquara — em vez de seguir pela Estrada do Rio Grande, como fazia o 806: — Além de o transporte ser precário, essas mudanças são frequentes.
Nessa os maiores prejudicados têm sido os alunos dos colégios públicos que precisam ir para o centro do bairro. Multas levaram a suspensões Segundo a Secretaria municipal de Transportes, as linhas 832 e 806, de responsabilidade do Consórcio Transcarioca, foram suspensas à revelia da prefeitura, que, por isso, vem aplicando multas ao consórcio.
Procurada a Transcarioca alegou falta de verbas para manter as linhas em circulação. Informou, ainda, que já entrou em contato com a prefeitura diversas vezes para solucionar o problema, mas não houve retorno.
De acordo com a secretaria, o consórcio já foi multado dez vezes só este ano por operar a 806 com frota abaixo do determinado.
Por sua vez, a linha 832 foi alvo de três multas em 2017, também por operar com frota reduzida. Enquanto a situação não for normalizada, as linhas substitutas, que tiveram seus trajetos originais alterados para atender à demanda dos passageiros da 806 e da 832, serão mantidas como opção.
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