Aumento de 10,5% nas passagens foi combinado para Kalil sugerir valor menor
Kalil - Viagem de ônibus / Reprodução
Belo Horizonte - Adiantado previamente pelo Bhaz com exclusividade, o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), de um reajuste de 10,5% nos preços das passagens de ônibus, foi combinado anteriormente com o prefeito Alexandre Kalil (PHS).
De acordo com os valores apresentados pelos empresários de ônibus, a tarifa, que é R$ 4,05, passaria para R$ 4,50. A confirmação da proposta de aumento pelo Setra-BH veio na tarde de sexta-feira, cerca de 12 horas depois do furo do Bhaz.
Os valores apresentados pelo Sindicato excedem as fórmulas de cálculo previamente definidas no contrato de transporte coletivo, que está disponível no Portal da Transparência da BHTrans.
Com os índices previstos pelo modelo paramétrico definido em 2008 e vigentes até hoje, o aumento seria de cerca de 6%, o que, considerando também as fórmulas de arredondamento comumente em uso, resultaria em tarifa de R$ 4,30.
Essa será a proposta a ser apresentada pela BHTrans, empresa municipal gestora do contrato, como contraponto à proposta do Setra-BH, artificialmente inflada para dar margem às negociações.
Após a proposta de R$ 4,30, que só será confirmada pela BHTRANS após fase de “estudos”, segundo a nota oficial da empresa, o preço final, entretanto, depende da resposta popular.
Em caso de movimentações significativas na opinião pública, o prefeito Alexandre Kalil já acertou com os empresários do setor um aumento quase 3%, inferior ao da fórmula contratual mas ainda compatível com os valores de inflação previstos pelo mercado financeiro.
Assim, a cartada final do prefeito envolverá uma proposta de aumento da passagem para R$ 4,15. A estratégia ficou ainda mais evidente após declaração do próprio prefeito negando o aumento pedido pelas concessionárias, mas sem fazer referência a um veto total do reajuste.
O tema é tratado com grande preocupação na BHTrans devido às declarações anteriores do prefeito Kalil de que nenhum tipo de aumento seria autorizado até a abertura da “caixa-preta” da empresa, o que ainda não ocorreu.
Uma proposta de licitação para contratação de uma auditoria nos contratos do transporte público foi apresentada pela atual gestão, mas derrubada por decisão judicial.
À época, Alexandre Kalil considerou a decisão uma “sabotagem”. Críticos, membros do movimento Tarifa Zero alegam que a auditoria proposta é insuficiente, por ser muito parecida com outra, feita durante a gestão do ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB), e alertaram para a tática que está sendo usada pelo executivo municipal.
Belo Horizonte - Adiantado previamente pelo Bhaz com exclusividade, o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), de um reajuste de 10,5% nos preços das passagens de ônibus, foi combinado anteriormente com o prefeito Alexandre Kalil (PHS).
De acordo com os valores apresentados pelos empresários de ônibus, a tarifa, que é R$ 4,05, passaria para R$ 4,50. A confirmação da proposta de aumento pelo Setra-BH veio na tarde de sexta-feira, cerca de 12 horas depois do furo do Bhaz.
Os valores apresentados pelo Sindicato excedem as fórmulas de cálculo previamente definidas no contrato de transporte coletivo, que está disponível no Portal da Transparência da BHTrans.
Com os índices previstos pelo modelo paramétrico definido em 2008 e vigentes até hoje, o aumento seria de cerca de 6%, o que, considerando também as fórmulas de arredondamento comumente em uso, resultaria em tarifa de R$ 4,30.
Essa será a proposta a ser apresentada pela BHTrans, empresa municipal gestora do contrato, como contraponto à proposta do Setra-BH, artificialmente inflada para dar margem às negociações.
Após a proposta de R$ 4,30, que só será confirmada pela BHTRANS após fase de “estudos”, segundo a nota oficial da empresa, o preço final, entretanto, depende da resposta popular.
Em caso de movimentações significativas na opinião pública, o prefeito Alexandre Kalil já acertou com os empresários do setor um aumento quase 3%, inferior ao da fórmula contratual mas ainda compatível com os valores de inflação previstos pelo mercado financeiro.
Assim, a cartada final do prefeito envolverá uma proposta de aumento da passagem para R$ 4,15. A estratégia ficou ainda mais evidente após declaração do próprio prefeito negando o aumento pedido pelas concessionárias, mas sem fazer referência a um veto total do reajuste.
O tema é tratado com grande preocupação na BHTrans devido às declarações anteriores do prefeito Kalil de que nenhum tipo de aumento seria autorizado até a abertura da “caixa-preta” da empresa, o que ainda não ocorreu.
Uma proposta de licitação para contratação de uma auditoria nos contratos do transporte público foi apresentada pela atual gestão, mas derrubada por decisão judicial.
À época, Alexandre Kalil considerou a decisão uma “sabotagem”. Críticos, membros do movimento Tarifa Zero alegam que a auditoria proposta é insuficiente, por ser muito parecida com outra, feita durante a gestão do ex-prefeito Márcio Lacerda (PSB), e alertaram para a tática que está sendo usada pelo executivo municipal.