Após assembleia, situação do transporte público segue indefinida

Falta de acordo entre Prefeitura e Empresa gera à insatisfação dos passageiros - Antônio Camargo / Marcella Félix




Após a intervenção realizada pela Prefeitura Municipal nesta terça-feira, 23, assumindo a gestão administrativa da Suzantur, até então concessionária pelo transporte coletivo em São Carlos, polêmicas ocorreram durante todo o dia e que culminaram em uma assembleia realizada na manhã de quarta-feira, 24, em frente a garagem da empresa, na Avenida Perimetral, no Distrito Industria.l


Muitos motoristas estiveram presentes e após pronunciamento do advogado do Sindicato dos Empregados de Transportes Rodoviários Urbanos e Fretamento Intermunicipal e Suburbano de São Carlos, Amador Peres Bandeira, os profissionais se mostraram divididos e exaltados.



 Uma boa parte dos motoristas estão propensos a não cumprir o aviso prévio, enquanto que outros pretendem cumpri-lo e retornar ao trabalho, enquanto que a terceira parte estão determinados a trabalhar normalmente. Todavia, não há a certeza que os ônibus voltem a circular nesta quarta-feira.




Às 9h, quando encerrou-se a assembleia, o interventor nomeado pelo prefeito Airton Garcia (PSB), Richard Jorge Wagner, em comum acordo com Bandeira, permitiu a entrada na garagem dos trabalhadores que querem retornar ao trabalho. Todavia alguns motoristas que até então não afirmaram que não iria cumprir o aviso prévio e não estão propensos a retornar ao trabalho também entraram no intuito de resolver as questões pendentes quando aos seus direitos trabalhistas.



 ACORDO


Bandeira disse que, após reunião realizada na tarde de ontem, quando estava presente o interventor Richard Jorge Wagner e o Procurador Geral do Município, Ademir Souza e Silva, foi feito um documento no sentido de procurar atender os pedidos do município.



 Dentre as cláusulas assumidas pela Prefeitura estava garantido o emprego dos motoristas nos próximos 90 dias, bem como todos os direitos trabalhistas e os que estão em aviso prévio e não gostariam de continuar, garantida a rescisão contratual. Ainda de acordo com Bandeira, o documento garante ainda que a nova empresa que assumir o transporte coletivo irá dar preferência para os trabalhadores que estiverem na ativa.



 "Ficou acordado que a Prefeitura Municipal irá garantir todos os direitos dos trabalhadores", garantiu Bandeira, salientando ainda que pretendia levar a ata da reunião ao Ministério Público para que fosse homologada.



"Iria pedir que fosse constada uma multa alta caso a Prefeitura descumprisse algum item do acordo", salientou.



 INDEFINIÇÃO



 Todavia, ao final da assembleia persiste a indefinição sobre o transporte público. O SCA obteve informação que hoje há 83 ônibus na garagem, dos quais, 40 aptos a iniciarem imediatamente o transporte de passageiros.



 Entretanto, alguns motoristas insatisfeitos com o andamento da negociação, afirmaram que irão ficar em frente a saída dos coletivos para evitar que eles deixem a garagem. Apesar da indefinição, seguem as negociações no interior da garagem, onde nenhum órgão de imprensa tem acesso as informações

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