Passarela na Avenida Brasil é derrubada por caminhão, e motorista morreu preso às ferragens
Caminhão derrubou passarela na Avenida Brasil - Pedro Teixeira
RIO — Um passarela montada provisoriamente na Avenida Brasil, há dois anos, e que deveria ter sido retirada em maio do ano passado, foi atingida na tarde de quarta-feira por um caminhão basculante e caiu sobre o veículo, matando o motorista.
Segundo relatos de testemunhas, a caçamba teria levantado pouco antes de ele passar sob a estrutura. O acidente, ocorrido no sentido Zona Oeste, altura da Cidade Alta, por volta das 14h, provocou a interdição total da via por cinco horas e levou a prefeitura a decretar estágio de atenção no município, devido a congestionamentos em vários pontos da cidade.
Um militar da Marinha que atravessa a passarela na hora da batida sofreu fratura num dos pés.
A estrutura de ferro foi erguida na Avenida Brasil após a demolição da antiga passarela 19, que comprometia a obra do corredor Transbrasil, segundo informações da Secretaria municipal de Transportes na época. Além disso, a altura dela era inferior aos 5,5m necessários nas pistas laterais. Como a obra do BRT ficou paralisada durante meses e só foi retomada no ano passado, o equipamento, que deveria ser provisório, continuou em uso.
Ao cair, a passarela de ferro atingiu a cabine do caminhão, matando o motorista Jorge Camilo, de 45 anos. Ele prestava serviços ao consórcio construtor do BRT Transbrasil, que lamentou o acidente. De acordo com a empresa, “uma nova estrutura será instalada no local para atender a população”.
O secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, esteve no local e disse que o acidente ocorreu porque a caçamba do caminhão estava suspensa. O veículo era terceirizado, contratado pelo BRT Transbrasil: — A responsabilidade por essa obra é de quem está fazendo, que é o consórcio.
A passarela caiu porque um caminhão basculante, ligeiramente levantado, pelo que se entendeu aqui, bateu e levou a passarela junto. Caçamba de caminhão aparece levantada - Reprodução Um morador da região, que se identificou como Jorge Luiz, diz ter sido uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente.
Ele contou que ainda viu o motorista vivo: — Escutei um estrondo do quintal da minha casa e vim correndo.
Quando cheguei, vi logo que o motorista estava preso na caçamba. Eu disse: se você estiver vivo, balança a perna para mim. Aí, ele balançou a perna e soubemos que ainda estava com vida. Foi aquela correria dos moradores, todo mundo querendo abrir a porta, chamando os bombeiros que ficam aqui em frente.
A outra vítima ficou pendurada na passarela, mas só teve ferimento leve. Não foi nada grave. Antônio Batista, que mora em Parada de Lucas, às margens da Avenida Brasil, diz ter visto o exato momento do acidente. Segundo ele, o caminhão trafegava pela via quando a caçamba levantou de repente.
— O caminhão veio direto, a caçamba levantou e bateu diretamente. Levei um susto muito grande — contou. O dono de um trailer instalado bem perto da passarela que caiu disse ter ficado bastante assustado com a queda.
A batida aconteceu a poucos metros de onde ele estava. — Eu estava aqui distraído, não vi a batida. Só deu para ver a passarela caindo.
A única coisa que consegui fazer foi correr, porque tive medo de a estrutura, que tem concreto na parte lateral, cair em cima de mim. Imediatamente, liguei para meu pai e meu filho para avisá-los e tranquilizá-los — relatou o comerciante, sem se identificar.
Ancelmo Antunes, motorista de um ônibus que passava pela via no momento do acidente, afirmou ter se surpreendido ao ver uma grande nuvem de poeira. Ele ficou cerca de duas horas no local, até conseguir fazer o retorno com o veículo.
Os passageiros desembarcaram e seguiram a pé. Por causa do fechamento da Avenida Brasil, a Linha Vermelha, opção para os motoristas, também ficou com problemas no trânsito.
A prefeitura chegou a liberar o tráfego de caminhões na via. Segundo o Centro de Operações, a cidade registrou 63 quilômetros de engarrafamento, às 15h33m. Nas últimas três semanas, a média de congestionamentos em toda o Rio, nesse mesmo horário, foi de 34 quilômetros.
RIO — Um passarela montada provisoriamente na Avenida Brasil, há dois anos, e que deveria ter sido retirada em maio do ano passado, foi atingida na tarde de quarta-feira por um caminhão basculante e caiu sobre o veículo, matando o motorista.
Segundo relatos de testemunhas, a caçamba teria levantado pouco antes de ele passar sob a estrutura. O acidente, ocorrido no sentido Zona Oeste, altura da Cidade Alta, por volta das 14h, provocou a interdição total da via por cinco horas e levou a prefeitura a decretar estágio de atenção no município, devido a congestionamentos em vários pontos da cidade.
Um militar da Marinha que atravessa a passarela na hora da batida sofreu fratura num dos pés.
A estrutura de ferro foi erguida na Avenida Brasil após a demolição da antiga passarela 19, que comprometia a obra do corredor Transbrasil, segundo informações da Secretaria municipal de Transportes na época. Além disso, a altura dela era inferior aos 5,5m necessários nas pistas laterais. Como a obra do BRT ficou paralisada durante meses e só foi retomada no ano passado, o equipamento, que deveria ser provisório, continuou em uso.
Ao cair, a passarela de ferro atingiu a cabine do caminhão, matando o motorista Jorge Camilo, de 45 anos. Ele prestava serviços ao consórcio construtor do BRT Transbrasil, que lamentou o acidente. De acordo com a empresa, “uma nova estrutura será instalada no local para atender a população”.
O secretário municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, esteve no local e disse que o acidente ocorreu porque a caçamba do caminhão estava suspensa. O veículo era terceirizado, contratado pelo BRT Transbrasil: — A responsabilidade por essa obra é de quem está fazendo, que é o consórcio.
A passarela caiu porque um caminhão basculante, ligeiramente levantado, pelo que se entendeu aqui, bateu e levou a passarela junto. Caçamba de caminhão aparece levantada - Reprodução Um morador da região, que se identificou como Jorge Luiz, diz ter sido uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente.
Ele contou que ainda viu o motorista vivo: — Escutei um estrondo do quintal da minha casa e vim correndo.
Quando cheguei, vi logo que o motorista estava preso na caçamba. Eu disse: se você estiver vivo, balança a perna para mim. Aí, ele balançou a perna e soubemos que ainda estava com vida. Foi aquela correria dos moradores, todo mundo querendo abrir a porta, chamando os bombeiros que ficam aqui em frente.
A outra vítima ficou pendurada na passarela, mas só teve ferimento leve. Não foi nada grave. Antônio Batista, que mora em Parada de Lucas, às margens da Avenida Brasil, diz ter visto o exato momento do acidente. Segundo ele, o caminhão trafegava pela via quando a caçamba levantou de repente.
— O caminhão veio direto, a caçamba levantou e bateu diretamente. Levei um susto muito grande — contou. O dono de um trailer instalado bem perto da passarela que caiu disse ter ficado bastante assustado com a queda.
A batida aconteceu a poucos metros de onde ele estava. — Eu estava aqui distraído, não vi a batida. Só deu para ver a passarela caindo.
A única coisa que consegui fazer foi correr, porque tive medo de a estrutura, que tem concreto na parte lateral, cair em cima de mim. Imediatamente, liguei para meu pai e meu filho para avisá-los e tranquilizá-los — relatou o comerciante, sem se identificar.
Ancelmo Antunes, motorista de um ônibus que passava pela via no momento do acidente, afirmou ter se surpreendido ao ver uma grande nuvem de poeira. Ele ficou cerca de duas horas no local, até conseguir fazer o retorno com o veículo.
Os passageiros desembarcaram e seguiram a pé. Por causa do fechamento da Avenida Brasil, a Linha Vermelha, opção para os motoristas, também ficou com problemas no trânsito.
A prefeitura chegou a liberar o tráfego de caminhões na via. Segundo o Centro de Operações, a cidade registrou 63 quilômetros de engarrafamento, às 15h33m. Nas últimas três semanas, a média de congestionamentos em toda o Rio, nesse mesmo horário, foi de 34 quilômetros.