Moradores reclamam do excesso de barracas no Largo da Freguesia
Retrato da feira. Dezenas de barracas verdes no Largo da Freguesia são alvo de moradores: eles reclamam da dificuldade para andar na rua - Brenno Carvalho
RIO - Desde o fim do ano passado, uma nova feira, que vende roupas e produtos artesanais, é montada no Largo da Freguesia de terça-feira a sábado, mas não conta com a simpatia de muitos moradores e transeuntes. Por causa da ocupação da calçada, os críticos dizem que as barracas deveriam, pelo menos, ser transferidas para um local mais adequado.
As reclamações geraram discussões acirradas na internet com o superintendente de Jacarepaguá, Flávio Caland, defensor da manutenção da feira, que é legalizada.
Há tempos, a Estrada dos Três Rios, na Freguesia, é palco para dezenas de ambulantes ilegais. Incomodados por verem a calçada em grande parte ocupada, moradores fazem reclamações frequentes sobre a situação e pedem ordenamento urbano no espaço.
O surgimento de mais uma feira no Largo da Freguesia, poucos metros distante do local onde atuam os vendedores irregulares, irritou quem passa pelo local constantemente. — Em vez de a prefeitura atuar contra a desordem, autorizou mais barracas, prejudicando a locomoção naquele trecho.
O local não é adequado para abrigar uma feira; se fosse na Praça Professora Camisão, do outro lado da rua, seria bem melhor — opina o morador Antonio Sergio Gomes.  Andar pela área realmente não é fácil. Somente na praça, são cerca de 40 barracas, além de outros tantos ambulantes na Estrada dos Três Rios.
Procurado por moradores, Flávio Caland rebate as críticas acerca da falta de fiscalização. Segundo ele, as operações da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) contra o comércio ilegal na Freguesia são semanais.
— Mas vivemos em tempos de crise, e as pessoas (os vendedores irregulares) acabam voltando pouco tempo depois. O efetivo da Guarda Municipal não pode ficar o tempo todo no mesmo ponto — justifica.
As primeiras barracas surgiram no último fim de semana de agosto de 2017 na Praça Professora Camisão, e o superintendente diz que negociou com os ambulantes, pedindo que eles fossem para o outro lado da rua, pois a praça é pequena e ficava totalmente tomada, prejudicando principalmente, em sua opinião, os pedestres que tentavam atravessar a Três Rios.  
A feira acontece desde o ano passado - Brenno Carvalho
A moradora Fatima Ibiks lembra que, quando viu a feira montada pela primeira vez, achou que ela seria temporária e duraria só até o fim do ano passado. Como os outros críticos, ela destaca principalmente a dificuldade de circulação na área desde a sua instalação.
— São várias barracas coladas. Fica muito ruim andar por ali, até porque já havia vários outros ambulantes. E a feira também deixa o cenário muito feio — reclama. Morador da Freguesia há dez anos, Claudio Baster relaciona a situação com o crescimento que a Freguesia teve nos últimos anos.
Uma das consequências, diz, foi a deficiência na mobilidade urbana, tanto para quem circula a pé como para motoristas: — Eu morava no condomínio Alfa Barra e vim para a Freguesia porque não aguentava mais o caos da Barra. Só que aqui houve um boom imobiliário, e a população aumentou muito.
O bairro mudou totalmente. Com a crise que o país está atravessando, entendo que as pessoas tentem sobreviver com esse tipo de comércio. Mas é chato, principalmente por causa da locomoção, que fica comprometida.
Nada contra a feira, mas ela poderia funcionar melhor se houvesse mais ordenamento. Expositores, nas barracas, argumentam que nem todos são contra a feira; do contrário, não teriam clientes. Já o superintendente de Jacarepaguá defende a manutenção da feira citando os empregos gerados por ela.
— Em Jacarepaguá, a Freguesia é o bairro que menos tem feira. Essa é a única autorizada. Se houver excessos, nós vamos coibir; posso intervir a qualquer hora. Mas não há irregularidade, e eu acho que esse comércio é importante para muitas famílias, principalmente num momento de crise — diz Caland.
RIO - Desde o fim do ano passado, uma nova feira, que vende roupas e produtos artesanais, é montada no Largo da Freguesia de terça-feira a sábado, mas não conta com a simpatia de muitos moradores e transeuntes. Por causa da ocupação da calçada, os críticos dizem que as barracas deveriam, pelo menos, ser transferidas para um local mais adequado.
As reclamações geraram discussões acirradas na internet com o superintendente de Jacarepaguá, Flávio Caland, defensor da manutenção da feira, que é legalizada.
Há tempos, a Estrada dos Três Rios, na Freguesia, é palco para dezenas de ambulantes ilegais. Incomodados por verem a calçada em grande parte ocupada, moradores fazem reclamações frequentes sobre a situação e pedem ordenamento urbano no espaço.
O surgimento de mais uma feira no Largo da Freguesia, poucos metros distante do local onde atuam os vendedores irregulares, irritou quem passa pelo local constantemente. — Em vez de a prefeitura atuar contra a desordem, autorizou mais barracas, prejudicando a locomoção naquele trecho.
O local não é adequado para abrigar uma feira; se fosse na Praça Professora Camisão, do outro lado da rua, seria bem melhor — opina o morador Antonio Sergio Gomes.  Andar pela área realmente não é fácil. Somente na praça, são cerca de 40 barracas, além de outros tantos ambulantes na Estrada dos Três Rios.
Procurado por moradores, Flávio Caland rebate as críticas acerca da falta de fiscalização. Segundo ele, as operações da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) contra o comércio ilegal na Freguesia são semanais.
— Mas vivemos em tempos de crise, e as pessoas (os vendedores irregulares) acabam voltando pouco tempo depois. O efetivo da Guarda Municipal não pode ficar o tempo todo no mesmo ponto — justifica.
As primeiras barracas surgiram no último fim de semana de agosto de 2017 na Praça Professora Camisão, e o superintendente diz que negociou com os ambulantes, pedindo que eles fossem para o outro lado da rua, pois a praça é pequena e ficava totalmente tomada, prejudicando principalmente, em sua opinião, os pedestres que tentavam atravessar a Três Rios.  
A feira acontece desde o ano passado - Brenno Carvalho
A moradora Fatima Ibiks lembra que, quando viu a feira montada pela primeira vez, achou que ela seria temporária e duraria só até o fim do ano passado. Como os outros críticos, ela destaca principalmente a dificuldade de circulação na área desde a sua instalação.
— São várias barracas coladas. Fica muito ruim andar por ali, até porque já havia vários outros ambulantes. E a feira também deixa o cenário muito feio — reclama. Morador da Freguesia há dez anos, Claudio Baster relaciona a situação com o crescimento que a Freguesia teve nos últimos anos.
Uma das consequências, diz, foi a deficiência na mobilidade urbana, tanto para quem circula a pé como para motoristas: — Eu morava no condomínio Alfa Barra e vim para a Freguesia porque não aguentava mais o caos da Barra. Só que aqui houve um boom imobiliário, e a população aumentou muito.
O bairro mudou totalmente. Com a crise que o país está atravessando, entendo que as pessoas tentem sobreviver com esse tipo de comércio. Mas é chato, principalmente por causa da locomoção, que fica comprometida.
Nada contra a feira, mas ela poderia funcionar melhor se houvesse mais ordenamento. Expositores, nas barracas, argumentam que nem todos são contra a feira; do contrário, não teriam clientes. Já o superintendente de Jacarepaguá defende a manutenção da feira citando os empregos gerados por ela.
— Em Jacarepaguá, a Freguesia é o bairro que menos tem feira. Essa é a única autorizada. Se houver excessos, nós vamos coibir; posso intervir a qualquer hora. Mas não há irregularidade, e eu acho que esse comércio é importante para muitas famílias, principalmente num momento de crise — diz Caland.