Tentando delação premiada, ‘rei do ônibus’ é condenado na Lava Jato


  • Empresário Jacob Barata Filho foi considerado culpado por corromper deputados estaduais do Rio em troca de benefícios para operação de transporte público
O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, condenou nesta quinta-feira, 28, o empresário Jacob Barata Filho a doze anos de prisão por corrupção ativa.
Conhecido como o “rei do ônibus“, Barata foi considerado por Bretas culpado de financiar um esquema de corrupção instalado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para corromper deputados estaduais a aprovarem leis de interesses das empresas de transporte.
Além de Barata, também foram condenados o empresário Felipe Picciani, filho do ex-presidente da Alerj Jorge Picciani (MDB), Lélis Teixeira, ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e outras oito pessoas.
Felipe Picciani foi sentenciado a 17 anos e dez meses de prisão, por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Lélis Teixeira a 13 anos de prisão, por corrupção ativa. Uma das denunciadas, Ana Cláudia de Andrade, foi absolvida por Bretas.
A decisão do juiz ocorre no mesmo dia em que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) condenou Picciani pai e os também ex-deputados estaduais Edson Albertassi e Paulo Melo, todos do MDB. Eles também foram alvos da Operação Cadeia Velho, braço da Lava Jato carioca que apurou o esquema no setor de transportes, mas foram julgados pelo TRF2 porque exerciam os mandatos quando a ação penal foi instaurada.

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