Coronavírus obriga empresas aéreas a voar mesmo sem passageiro nenhum


São Paulo – Companhias aéreas britânicas, nessas últimas semanas, têm mantido sua grade de voos mesmo quando não há um único passageiro dentro dos aviões.
Com a epidemia do novo coronavírus, o interesse por viagens caiu drasticamente na Europa, mas ainda assim as empresas precisam continuar operando seus voos para não perderem o direito ao “slot”, termo usado para a permissão de pouso em determinado horário em um aeroporto.
No Reino Unido, 24 aeroportos têm seus horários administrados pela Airport Coordination Limited (ACL). A empresa atua de forma independente e, por contrato, obriga as companhias a manterem seus voos, mesmo quando há pouca procura por eles, em pelo menos 80% dos horários. Caso contrário, elas podem perder o direito de utilizar aquele slot.
De acordo com o jornal The Times, a empresa Airlines UK pediu que o governo do país buscasse a flexibilização da obrigatoriedade junto à ACL. 


Na última quinta-feira, o secretário de transportes do Reino Unido, Grant Shapps, fez coro às companhias e requisitou à ACL que reconsidere a regra dos 80%.
De acordo com Shapps, que divulgou o pedido em sua conta no Twiiter, a obrigatoriedade acarreta problemas para os negócios das companhias aéreas e para o meio ambiente. 
“A demanda da aviação é reduzida devido ao COVID-19, mas as companhias aéreas estão sendo forçadas a fazer alguns ‘voos fantasmas’ para evitar a perda de seus slots – más notícias para o meio ambiente, companhias aéreas e passageiros. Escrevi para o regulador para solicitar uma reconsideração urgente da regra de utilização de slot de 80%.
Por enquanto, a regra tem sido flexibilizada pela ACL apenas para voos com destinos à China e a Hong Kong.
Em nota divulgada em seu site, a ACL afirma que está monitorando os efeitos do coronavírus para as companhias aéreas com quem tem contratos para então fazer mais alívios na obrigatoriedade dos voos. 

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